Política Titulo São Caetano
Pinheiro vai cortar salários e cargos comissionados
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
23/01/2013 | 07:00
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O primeiro projeto de lei encaminhado pelo prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), à Câmara visa cortar salários e cargos comissionados. A ação está incluída no plano de contenção de gastos do Palácio da Cerâmica, que será detalhado hoje junto com a dívida total herdada da gestão passada.

A propositura deve atingir cerca de 150 postos de trabalho. Uma parcela deles será extinta. A segunda fatia terá benefícios como abono, prêmios por graduações e horas extras cortados para que os vencimentos caiam pela metade. A média de salário entre as funções é de R$ 10 mil.

No entendimento do governo, os cargos têm funções estritamente políticas e não agregam ao momento de "dificuldade financeira" do Paço. A estimativa feita pela Secretaria da Fazenda beira os R$ 250 milhões em deficit com fornecedores e de pendências com o funcionalismo.

A ação também honra promessa de campanha do peemedebista, que carregou discursos de que a máquina administrativa estava inchada. Assim que sentou na cadeira de chefe do Executivo, Pinheiro reclamou do crescimento do número de comissionados nos oito anos de gestão José Auricchio Júnior (PTB), que, segundo ele, saltou de cerca de 4.000 para 10 mil.

 

DIÁLOGO

Os 19 vereadores se reunirão com Pinheiro no dia 4 para explicação do projeto de lei. A conversa ocorre na véspera da primeira sessão ordinária do ano, quando a matéria deve ser apreciada em plenário. A informação sobre a proposta do Executivo já ocupa discussões nos corredores da Câmara, porém o tema não chegou para nenhum parlamentar pela boca de interlocutores do Paço.

Apesar dos discursos positivos entre Legislativo e Executivo, o prefeito corre o risco de enfrentar resistência na Casa. A falta de diálogo direto sobre a participação dos parlamentares no governo tem criado clima de hostilidade na Câmara.

Assessor político do Palácio da Cerâmica, Moacyr Guirão (PMDB) evitou falar abertamente do projeto de lei antes da oficialização do planejamento de contenção de gastos da administração. "Primeiro precisamos fechar essa questão da dívida e o plano do governo. Então vamos traçar diretrizes de acordo com ordens do prefeito. Ainda não temos nada definido", argumentou.

Sobre o relacionamento com os vereadores, Guirão disse que já recebeu todos para conversar e que o relacionamento está "tranquilo". "Todos têm acesso livre à minha sala e já foram recebidos. Eu já fui vereador e sei como funciona, até por isso não acredito que vamos ter problemas de relacionamento", analisou.

 

 




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