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Prefeito Luiz Marinho se diz vítima de denúncia anônima
Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
14/04/2012 | 07:00
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O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não quis atribuir motivação política à investigação do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) sobre suposto crime de coação e formação de quadrilha por ameaça contra uma juíza e um promotor do Grande ABC.

A apuração é feita também sobre o assessor de Gabinete do prefeito, José Albino (PT), os vereadores Marcelo Lima (PPS-São Bernardo) e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT-Diadema), e Ricardo Silva Rodrigues, ex-assessor do parlamentar popular-socialista.

A investigação começou após denúncia anônima feita em 27 de dezembro à Secretaria Estadual de Segurança, afirmando que Marinho, José Albino, Maninho e Ricardo planejavam ameaçar o promotor e a juíza em 18 de janeiro.

"Sou vítima da denúncia. Alguém, anonimamente, disse que eu ia executar uma juíza e um promotor de Justiça e alguém resolve instaurar inquérito para apurar se a denúncia é verídica ou não. Eu tenho interesse que termine a apuração, até para constatar que eu sou vítima no processo e não o contrário", alegou Marinho.

Em 28 de dezembro, o SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Santo André - extinto recentemente - abriu inquérito para apurar as acusações de ameaça contra a juíza e o promotor, que trabalharam no caso da Estrada do Montanhão, que tramita na Justiça há 20 anos.

O processo foi remetido ao TJ-SP, que o repassou para a 3ª Vara Criminal de Santo André. Para o prefeito, isso ocorreu porque a juíza não foi ouvida no inquérito policial. "De forma displicente ouviram o promotor, mas não ouviram a juíza."

Apesar da polêmica que envolve a investigação, o caso repercutiu de maneira fria na cidade. Poucos agentes políticos de São Bernardo se manifestaram sobre o assunto. Mesmo os opositores de Marinho foram cautelosos ao comentar a investigação.




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