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Ministra: SUS está preparado para atender grávidas
Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
14/04/2012 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Em visita à região ontem, quando participou da abertura do 2º Encontro das Metalúrgicas do ABC, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci de Oliveira, se esquivou de opinar sobre a liberação, pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na quinta-feira, da interrupção de gravidez de fetos anencéfalos. Eleonora garantiu que o SUS (Sistema Único de Saúde) está pronto para atender mulheres que desejam antecipar o parto.

Enquanto militante política - Eleonora chegou a ser presa durante a ditadura militar e dividiu cela com a presidente Dilma Roussef - a secretária era ferrenha defensora da legalização do aborto e do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Ontem, em discurso ameno, a secretária evitou a polêmica e reforçou que o direito de escolha das mulheres e o acesso aos serviços especializados serão garantidos. "Nossa postura é uma posição de governo e destaca que foi realizado debate de maneira qualificada e respeitada."

Segundo Eleonora, o sistema de Saúde está pronto para atender mulheres que querem antecipar o parto e aquelas que querem levar a gravidez até o fim. "Essa é uma pauta do ministro Alexandre Padilha, da Saúde. Não cabe à minha secretaria falar", destaca.

O aborto de fetos anencéfalos, antes só autorizado mediante liminar da Justiça, foi aprovado pelo STF por oito votos a dois. A discussão, iniciada há oito anos, foi encerrada em dois dias de julgamento.

Nota emitida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), ontem, indica que a entidade formará comissão especial para estabelecer, em 60 dias, critérios para o diagnóstico de anencefalia.

Já a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lamentou o parecer do STF por considerar que tal prática é "descarta ser humano frágil e indefeso".




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