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'Voltarei para disputar a vereança', diz Marcos Lula

Filho do ex-presidente foi derrotado na tentativa de reeleição a vereador de São Bernardo

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
09/10/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marcos Lula (PT) garante que os quatro anos de mandato de vereador que terminarão em dezembro não vão encerrar sua trajetória política na cidade. Derrotado na eleição da semana passada, quando buscou a reeleição, o petista assegura: “continuará com trabalho pelo município a partir de janeiro e voltará a disputar a vereança” em 2020.

De perfil discreto, de raras aparições públicas, pouquíssimos discursos, apenas dois projetos apresentados e fazendo questão de ficar longe dos holofotes no Legislativo, em contraste com o jeito político do pai, Marcos Lula recebeu somente 1.504 votos. O desempenho lhe rendeu a 13ª melhor performance dentre os candidatos petistas. Quatro anos antes, ele tinha convencido 3.882 eleitores – ou seja, quase metade das adesões se dissipou.

Para Marcos Lula, seu revés nas urnas está calcado nos “ataques sofridos pelo PT” pela oposição e por veículos de comunicação. Em entrevista exclusiva ao Diário, ele não traçou paralelo entre sua tímida atuação política na Casa com a derrota eleitoral.

“A análise foi feita. Vejo (a derrota do petismo) de maneira natural, pelo jeito que a imprensa e outros tantos bateram em nós. Temos agora de estar bem, de cabeça erguida para continuar lutando. Na próxima eleição, por exemplo, eu volto a disputar a vereança. Nós aqui em São Bernardo sofremos assim como a legenda sofreu em outros municípios do País. Eu não deixei de ter o jingle do PT, usar a marca. E vamos seguir em frente para conseguir nos recuperar. Quero ver daqui para frente quando não formos mais vidraça”, afirmou o vereador.

Não foi só Marcos Lula que viu sua votação se esvair e seu mandato ficar pelo caminho. Dos oito vereadores eleitos pelo PT em 2012, José Cloves, Luizinho e Zé Ferreira não se reelegeram – Paulo Dias, hoje secretário de Educação, já havia anunciado aposentadoria. Apenas cinco petistas formarão a bancada do partido a partir de 2017: Tião Mateus, Ana Nice, José Luís Ferrarezi, Toninho da Lanchonete e Joilson Santos.

“Eu fiquei mais em evidência por causa do nome Lula, mas outros aqui como o Zé Ferreira, uma liderança, acabaram sofrendo também. Passamos por uma onde que beneficiou mais os candidatos de oposição”, avaliou Marcos Lula, lembrando da expressiva bancada de PSDB e PPS na Casa – não à toa, os tucanos, liderados por Orlando Morando, e populares-socialistas, capitaneados por Alex Manente, estão no segundo turno – mesmo com apoio do prefeito Luiz Marinho (PT), Tarcisio Secoli (PT) sequer avançou. “Eu vou fiscalizar a cidade, acompanhar todos andamentos do novo governo e buscar ajudar a população. Sobre eleição, vou aguardar posição do partido”, concluiu Marcos Lula.




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