Política Titulo Eleição dos advogados
Para Sayeg, atual gestão da OAB-SP é ‘pelega’

Candidato da oposição critica Marcos da Costa
e prega uma mudança de postura da instituição

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/11/2015 | 07:00
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Getulio Camargo/Divulgação


Candidato de oposição na eleição à presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, o especialista em Direito Empresarial Ricardo Sayeg não poupa críticas ao atual mandatário da instituição, Marcos da Costa, candidato à reeleição. Para Sayeg, a postura do atual presidente é “neutra”, “pelega” e de “chapa pura”.

“No meu modo de ver, a advocacia tem sido muito neutra. O advogado é o guardião da Constituição Federal, é quem faz a defesa permanente da Constituição. A advocacia não pode ser para covardes”, afirmou Sayeg.

O candidato também criticou o fato de o atual grupo ter utilizado a OAB paulista para “trampolim político”. O ataque foi direto ao ex-presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, que foi vice, pelo PTB, na chapa encabeçada pelo deputado federal Celso Russomanno (PRB) na eleição à prefeitura de São Paulo em 2012.

“Pior é que vai para a eleição e perde (foi derrotado no primeiro turno para Fernando Haddad, do PT, e José Serra, do PSDB). Vimos que há nomes que utilizam a OAB para serviço político”, reclamou.

As principais promessas de Sayeg são referentes à mudança de postura da OAB. Em visita à sede do Diário, ele repetiu que “advogado sem ideologia não funciona” e que “não é papel da Ordem ficar neutra em debates de proporções maiores”. “Vejo que a categoria virou proletária. Tem de mudar.”

Como exemplo do que ele chama de “chapa branca” da OAB foi o episódio da advogada Beatriz Catta Preta. À frente da defesa de diversos políticos citados na Operação Lava Jato, da PF (Polícia Federal), que investiga desvio de dinheiro da Petrobras para abastecimento de campanhas eleitoras, Beatriz negociou várias delações premiadas à Justiça para redução de pena. A estratégia rendeu a ela uma convocação na CPI da Petrobras que tramitava no Congresso e, consequentemente, à renúncia da profissão. Para Sayeg, faltou defesa à advogada.

Sayeg explicou imbróglio envolvendo sua chapa. Candidata a vice era Tereza Dóro, impugnada pela comissão eleitoral por descumprimento de regras estatutárias. Sayeg então escolheu Valeska Martins para o posto. “Foi situação abominável o que fizeram com a doutora Tereza Dóro. Ela foi presidente (da subsecção) em Campinas e eles falaram que ela não estava ativa cinco anos consecutivos. Como pode isso?” Ontem, a Justiça autorizou a candidatura a vice de Tereza.

A eleição à OAB acontece na quarta-feira. Sayeg disputa contra Marcos da Costa, João Biazzo, Anis Kfouri, Hermes Barbosa e Sergei Cobra Arberx.




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