Política Titulo Crime
Maninho completa seis meses na prisão
Junior Carvalho
17/11/2018 | 07:31
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Celso Luiz/DGABC


As prisões do ex-vereador e ex-prefeiturável Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), de Diadema, e de seu filho Leandro Eduardo Marinho (PT) completaram seis meses sem nenhuma vitória jurídica dos petistas. Pelo contrário. Desde que a dupla se entregou, em maio, após ter a detenção decretada pela Justiça paulistana sob acusação de tentativa de homicídio, Maninho coleciona derrotas nos tribunais, inclusive superiores.

O último revés foi registrado em julho, quando a ministra Laurita Vaz, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou liminar na análise de habeas corpus solicitado pela defesa dos dois. Antes, ainda em maio, Maninho e Leandro já haviam tentado, sem sucesso, garantir liberdade no próprio TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Foi justamente após essa derrota que Maninho e o filho decidiram se entregar à polícia, dois dias depois.

Agora, ambos aguardam o julgamento do mérito do habeas corpus no STJ. O pedido está na mesa do ministro Jorge Mussi desde o dia 6. Nesse meio tempo, Maninho e Leandro também trocaram os advogados. Eles estão no presídio em Tremembé, no Interior.

AJUDA FINANCEIRA
Petistas de Diadema decidiram ajudar financeiramente a dupla a pagar os custos com a defesa. Porém, viram frustradas as tentativas de juntar recursos por meio de vaquinhas on-line. Dos R$ 145 mil estipulados como meta entre maio e junho, apenas R$ 4.172 foram arrecadados. Esse valor permanece inalterado desde meados de agosto. Militantes próximos do ex-parlamentar, porém, alegaram que as iniciativas não são as principais fontes de recursos para o auxilio financeiro tanto a Maninho quanto à sua família.

Ainda assim, acreditam que seria possível, sobretudo por parte de caciques nacionais do partido que presenciaram o ocorrido, dar maior suporte a Maninho, que foi vereador por cinco mandatos e representou o partido na eleição de 2016 – ficou em terceiro lugar.

O CASO
Maninho e Leandro se envolveram em confusão no dia 5 de abril, quando agrediram o empresário Carlos Alberto Bettoni. Naquele dia, o então juiz federal Sérgio Moro havia decretado a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e parte da militância – inclusive o próprio ex-presidente – estava reunida nas redondezas do Instituto Lula, no bairro Ipiranga, na Capital.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a confusão começou quando Bettoni interrompeu uma entrevista do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) com xingamentos. “Vem apanhar aqui, seu filho da p... Vai ser reeleito aqui, seu v...?”, teria gritado o empresário, ao que Maninho e o filho aparecem em vídeo disparando xingamento e ameaças a Bettoni.

“Saia daqui, seu m.... Vai apanhar”, alerta Maninho, enquanto Bettoni estende a mão para se proteger. “Espera aí, não vem, não”, responde o empresário, para, logo em seguida, correr para o outro lado da calçada, levar chutes e ser atingido por um caminhão que passava no local. Bettoni, 56 anos, teve traumatismo craniano grave, chegou a ficar internado na UTI, mas recebeu alta dias depois.

A Polícia Civil indiciou a dupla por lesão corporal dolosa grave, mas o Ministério Público entendeu que os dois deveriam responder por tentativa de homicídio com dolo eventual.

O Diário não localizou os novos advogados da dupla. 




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