Esportes Titulo Trabalho social
Projeto nas escolas atrai
crianças ao handebol

MiniHand tem abordagem diferente para
incentivar os jovens a praticar o esporte

Por Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
27/04/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Orlando Filho/DGABC


O handebol é o esporte mais praticado nas escolas do País, segundo aponta a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol). E foi a confirmação deste cenário que a equipe do Diário presenciou na Escola Estadual Professora Maristela Vieira, no Jardim Thelma, em São Bernardo, cujos alunos demonstravam alegria e euforia com a visita de algumas atletas da Seleção Brasileira feminina que fez história ao ser campeã mundial na Sérvia, em dezembro.

As meninas do handebol foram conhecer uma das unidades do Projeto MiniHand, da CBHb, voltado para crianças de 6 a 12 anos, que incentiva o lazer e a felicidade dos jovens por meio da prática do esporte. A visita não foi ao acaso – em setembro, o colégio conquistou o terceiro lugar nos Jogos Escolares da Juventude, em Natal, no Rio Grande do Norte, e o time mirim masculino foi recebido pelo governador Geraldo Alckmin.

“Este evento é como um incentivo. Estou muito emocionada. Fica para mim como coroamento de um trabalho que está sendo feito há muitos anos”, diz a professora de Educação Física e ex-atleta Gisleine Ferreira de Freitas, conhecida como Gika.

De acordo com a docente, os alunos aderiram mais à prática do handebol e receberam mais apoio dos pais após a implementação do MiniHand na escola, em novembro de 2013.

É justamente este um dos aspectos para consolidar o esporte no Brasil. Para a supervisora da Seleção, Rita Orsi, além de incentivar a prática infantil, também é preciso aproveitar o momento bom da modalidade para divulgar a prática.

“O handebol é um esporte escolar. É o momento de trazer toda a felicidade e empolgação que nós vivemos com a comemoração do título mundial e mostrar que essas iniciativas conseguem movimentar a população infantil, trazendo bons valores e alegrando a escola”, afirma.

É a felicidade que dá a tônica do projeto da CBHb. Na quadra da instituição de ensino foi possível ver o brilho nos olhos das alunas, que tiveram oportunidade de simular uma partida de mãos dadas com as atletas da Seleção. Uma delas foi Carolina Souza Brum, 12 anos, que começou a jogar pouco antes das férias de julho do ano passado e já virou uma das três capitãs da equipe feminina. Ela foi autora de um dos gols na visita da equipe nacional ao colégio.

“É muito gostosa a sensação de entrar na quadra e jogar. Foi muito bom ter jogadoras profissionais te orientando”, conta a jovem, que revela chance de se transformar em atleta de handebol. “Estou pensando, mas tem 50% de chance de seguir essa profissão”, brinca Carolina.

Quem também teve esse sonho quando criança foi a atual armadora da Seleção Brasileira e da equipe da Metodista/São Bernardo, Deborah Hannah, 21 anos, que aconselha: é preciso perseguir o sonho.

“É uma alegria imensa participar deste projeto. Fui uma criança igual elas são agora. Sonhei em participar de um campeonato bom, de ir para a Seleção Brasileira. E esse sonho se realizou. Não pode parar de sonhar e tem que trabalhar para realizá-lo”, orienta.

Além de Hannah, outras três atletas que subiram ao lugar mais alto do pódio na Sérvia visitaram o projeto: Elaine Gomes, Amanda Andrade e Mayara Moura.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;