Economia Titulo Combustível
Gasolina sobe em média R$ 0,10 no Grande ABC

Petrobras anunciou um reajuste de 3% no preço do
combustível nas refinarias a partir desta sexta-feira

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
07/11/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Petrobras anunciou ontem, no início da noite, o reajuste de 3% no preço da gasolina nas refinarias a partir de hoje. Para o diesel, a alta será de 5%, sem considerar “os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.” Apesar disso, o combustível fóssil conta com 25% de etanol anidro, que não teve elevação no preço e pode segurar o repasse integral do reajuste.

Segundo estimativa do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do ABCDMRR), o consumidor, provavelmente, pagará cerca de R$ 0,10 a mais pelo litro do derivado do petróleo, que ontem custava, em média, R$ 2,89. “O consumidor vai encontrar, na bomba (dos postos) preços entre R$ 2,99 e R$ 3,09”, disse o presidente da entidade, Wagner de Souza.

Ele explicou que o reajuste nas refinarias terá um caminho a percorrer até o consumidor. Essas empresas venderão às distribuidoras. Por sua vez, esse tipo de companhia precificará os combustíveis e repassará aos revendedores, que são os postos. Neste percurso, é possível ainda que o valor ganhe mais gordura por incremento de margem dos agentes envolvidos.

Caso as distribuidoras alterem seus preços, os postos de combustível que estavam com estoque baixo, ontem, provavelmente cobrarão mais caro já a partir de hoje, estimou Souza. “Mas acredito que, considerando a maioria, levará entre três ou quatro dias ainda para chegar na bomba o aumento.”

O diesel, que tem preço médio de R$ 2,65 no Grande ABC, com o acréscimo dos 5% previstos para a refinaria passar a custar R$ 2,78.

MOTIVO

Ao longo de 2014, a Petrobras atuou a maior parte do tempo com defasagem de preços na casa dos 20% em relação à cotação do petróleo no mercado internacional. A situação melhorou um pouco quando o barril de petróleo deflacionou de US$ 100 para US$ 85. Com isso, a diferença entre os preços praticados no Brasil e no mercado internacional sumiu, e a companhia teve decréscimo nos custos com importações. Mesmo assim, estimativa do setor de análises do Bradesco aponta que a estatal deixou de gerar R$ 80 bilhões em receita em três anos pela diferença de preços com o Exterior. E a estatal teria ultrapassado R$ 300 bilhões de endividamento. O aumento dos combustíveis seria uma maneira de equilibrar mais as contas da Petrobras.




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