Postulante do PSDB ao Paço de Sto.André adianta que vai criticar modelo do atual governo Grana, mas também condenará ações da gestão Aidan
Candidato à Prefeitura de Santo André pelo PSDB, o ex-vereador Paulinho Serra sustentou ontem que, durante a empreitada eleitoral, defenderá não ser postulante apenas do antipetismo, mas também de combate ao modelo de gestão do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB, 2009-2012). “Vamos criticar a fórmula de governo petista, de usar máquina inchada e direcionada a projeto de partido, só que não adianta somente ser antiPT e não ter conteúdo. Não é esse o espaço que queremos construir (na campanha)”, pontuou, em entrevista ao Diário. “Há administrações (locais) que não foram do PT e tiveram problemas graves.”
Em balanço, o tucano alegou que seu retorno ao PSDB, em setembro, é sinal de que houve “grande amadurecimento” após processo de desgaste entre 2011 e 2012, quando ele tentou ser candidato ao Paço, contudo, o partido optou por ser vice de outros projetos majoritários. Na ocasião, Paulinho migrou para o PSD. “Há consciência da importância desta construção no Grande ABC (são cinco prefeituráveis nas sete cidades), inserindo Santo André como município estratégico. Precisei sair para perceber que o PSDB é minha casa. Pela primeira vez vejo (o tucanato) com candidaturas competitivas na maioria e, em 2014, o (senador) Aécio (Neves, então presidenciável) ganhou em todos os colégios eleitorais daqui.”
Visando quebrar ideia de polarização no pleito entre PT, do prefeito Carlos Grana, que disputará a reeleição, e Aidan, Paulinho adiantou que vai criticar os modelos atual e o anterior, principalmente nos ramos de planejamento e financeiro, que, juntos, “resultaram na perda do protagonismo”. “Vamos fazer mudança. Aliar retomada com gestão mais enxuta e social, utilizando parcerias privadas. Fechar os ralos para voltar a ter emprego e renda no médio prazo”, disse, ao acrescentar que irá “reduzir contratos, comissionados e o número de secretarias”. “Proposta é trabalhar com 12 a 15 Pastas.” Ao todo, são 19 áreas no primeiro escalão, além de outras cinco autarquias e empresas públicas.
Ex-secretário de Obras, o tucano frisou que não há possibilidade de o governo municipal justificar crise interna para colocar-se como vítima diante da instabilidade política e econômica no País. Paulinho condenou o encerramento das atividades do CPETR (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda) na unidade física do bairro Casa Branca. “Não dá para responsabilizar a Prefeitura pelo fechamento do CPETR? Entregou o prédio por não conseguir pagar o aluguel. Neste momento, emprego e renda são os principais motes para retomar o crescimento. São 70 mil desempregados na cidade. A administração deveria estimular, mas hoje é inimiga dos trabalhadores, só atrapalha. Não tem política clara de incentivo.”
Paulinho considerou que, diante do cenário, o eleitorado andreense clama por projetos diferentes. Segundo ele, há avaliação de que o “passado e o presente foram ruins” para a evolução dos números do município. “Estamos fazendo o debate e a população está sim disposta a ouvir. Esperam por isso. Cabe a nós que a mensagem chegue”, afirmou, citando tempo hábil de consolidação nas pesquisas de intenção de voto, mesmo com a diminuição do período de campanha – 45 dias, no primeiro turno. “Dá tempo. O retorno (nas ruas) tem sido positivo. Ninguém quer trocar um (político) pelo outro e também não é novo pelo novo.”
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.