Após manifestação em frente ao Paço de Santo André na quarta-feira, professores e estudantes da FSA (Fundação Santo André) se reuniram no início da tarde de ontem para protestar contra as dívidas da instituição e o atraso no salário dos educadores, além de corte das bolsas de programa de extensão científica.

O grupo, de aproximadamente 100 manifestantes, pedia à Prefeitura o pagamento de subvenção no valor de R$ 13 milhões (sob alegação de que o recurso não é repassado desde 2003) e de mais R$ 15 milhões que a FSA teve de arcar para a construção do prédio 2 da Faculdade de Engenharia em espaço que é da administração municipal.

“O prefeito (Carlos Grana, do PT) diz que não pode enviar recurso para o Ensino Superior enquanto não garantir creche, mas não estamos disputando o dinheiro da Educação básica. Queremos recurso que está está no gabinete e em outras secretarias”, disse a professora da área de Educação da FSA Marilena Nakano.

O presidente do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC), José Jorge Maggio, afirmou que na quarta-feira, às 10h, a entidade sindical e professores se reunirão com o chefe do Executivo para debater a questão.

Procurada, a Prefeitura disse que, desde a Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, está impedida legalmente de investir no Ensino Superior do município. “Portanto, não reconhece a citada dívida com a Fundação Santo André”, declarou.

Em relação à alegação de que existe dívida em virtude da construção do prédio da Faculdade de Engenharia, a administração informou que a ação foi uma decisão da então reitoria, “não havendo, portanto, nenhuma obrigação por parte da Prefeitura em ressarcir esses valores”.