Política Titulo Santo André
Após 44 dias na Ásia, Salles reafirma pleito

Popular-socialista descarta abrir mão de candidatura ao Paço andreense e apoiar outros nomes

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/01/2016 | 07:00
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Reprodução/Facebook


Depois de finalizar tour pela Ásia que durou 44 dias, o pré-candidato a prefeito de Santo André pelo PPS, Raimundo Salles, descartou hipótese cogitada nos bastidores da retirada de seu nome do páreo eleitoral de outubro para apoiar outros quadros na disputa. O popular-socialista rebateu “qualquer conversa neste sentido” ao sustentar entrada pela terceira vez na concorrência majoritária, da qual já participou em 2008 e 2012. “Minha pré-candidatura está colocada, com adesão do PPS, inclusive estadual. Não há diálogo que trate de apoio no primeiro ou segundo turno. Sem compromisso (político) com ninguém.”

O PSB, do ex-prefeito Aidan Ravin, projeta parceria desde a etapa inicial do pleito com o PPS. Dirigentes municipais estimam que a cúpula paulista negocie acerto. Para alfinetar o socialista, Salles demonstrou relação cordial com o prefeito Carlos Grana (PT), mas de afastamento ao petismo. “É pessoa bem-intencionada, entretanto, cercada de figuras com pensamento estreito e que podem prejudicá-lo na eleição.”

A tese de saída de Salles do cenário eleitoral começou a ser ventilada após a pouca movimentação política e longo período de estada fora da cidade, que culminou com a sua viagem, iniciada em 10 de dezembro e encerrada na sexta-feira. Ele visitou 11 países nesta última oportunidade, passando, entre eles, por China, Vietnã, Tailândia, Malásia, Indonésia, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Camboja e Laos. “Já tenho a chapa (proporcional) completa, com 32 postulantes a vereador, e vice escolhido (Wilson Ponce, PPS). Tenho todas as condições consolidadas para configurar a candidatura. A viagem é compromisso com minha família, pensando em enriquecimento cultural.”

Antes da recente empreitada no Exterior, Salles rodou por, pelo menos, mais oito países no ano passado. O popular-socialista esteve na Alemanha e Itália em setembro, Vaticano em maio, Grécia, Turquia, Eslováquia, Croácia e Eslovênia em abril, e Estados Unidos em março. “São experiências, me trouxe muitas ideias, até para utilização na campanha”, disse o prefeiturável, contando que vai levantar, diferentemente de outras eleições, número inferior de propostas. “Vou colocar em discussão a natureza ética, governo de transparência.”

Advogado, Salles pontuou também que adotará estratégia distinta dos processos anteriores, nos quais saiu derrotado – ficou em terceiro em ambos. Ele adiantou apostar apenas no PPS. Em 2012, por exemplo, tinha oito partidos na empreitada. Quatro anos antes, contabilizou 11. “A priori vou trabalhar sem coligação. O tamanho do arco de alianças pouco influencia. Não acrescenta em nada no coeficiente (eleitoral). A campanha é menor, mas a vontade continua a mesma. Nome no levantamento (DGABC Pesquisas) espontâneo não aparece porque não estava me apresentando como candidato. A partir de agora será diferente.” 




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