O técnico Doriva já está acertado para substituir o colombiano Juan Carlos Osorio no comando técnico do São Paulo. Ao menos é o que a Ponte Preta revelou na tarde de ontem, em nota oficial explicando a rescisão contratual com ele.

“O treinador aceitou convite feito pelo São Paulo Futebol Clube e já se despediu do elenco alvinegro”, foi o comunicado publicado no site oficial da Macaca. Ele comandou a equipe de Campinas por 15 jogos, com seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

“O Doriva me procurou hoje (ontem), por volta das 13h. Nós já sabíamos que havia o interesse do São Paulo, mas ele colocou a proposta de forma oficial e, dentro do entendimento dele, optou pela ida”, explicou Gustavo Bueno, gerente de futebol da Ponte Preta, também em entrevista publicada no site do clube.

Apesar da revelação, o Tricolor não confirmou o acerto. O fato é que, ontem, o técnico Juan Carlos Osorio se despediu de forma oficial do clube e, por enquanto, Milton Cruz seguirá no comando da equipe até o presidente Carlos Miguel Aidar definir substituto.

No São Paulo, Doriva reencontrará o gerente de futebol José Eduardo Chimello, com quem trabalhou no Ituano em 2014, ano em que foi campeão paulista em cima do Santos na disputa de pênaltis. Histórico que pesou em sua contratação, segundo informações de bastidores do Tricolor. O Peixe é o adversário na semifinal da Copa do Brasil nos dias 21 e 28.

Além disso, o treinador é identificado com o clube, pelo qual foi revelado como jogador. No Tricolor, conquistou a Libertadores, o Mundial Interclubes, a Supercopa da Libertadores (todos em 1993) e a Recopa Sul-Americana (em 1993 e 1994). Como técnico, além do Ituano e da Ponte Preta, Doriva dirigiu o Vasco, no qual foi campeão carioca desta temporada, e o Atlético-PR. 

Em discurso de despedida, Osorio agradece ex-vice e ignora Aidar

A despedida oficial do colombiano Juan Carlos Osorio do São Paulo – ele havia decidido treinar a seleção do México na terça-feira – foi feita via comunicado lido pelo treinador na sala de entrevistas, após conversa com os jogadores em um dos campos do centro de treinamento do Tricolor.

“Fiz o possível para seguir aqui até o fim do ano, mas não foi suficiente. Tenho minha consciência tranquila de que dei o melhor para o clube e que deixo a equipe em boas condições nas disputas da Copa do Brasil e Brasileirão”, afirmou. “Agradeço à comissão técnica e ao pessoal de apoio. Também o doutor Ataíde (Gil Guerreiro, ex-vice-presidente de futebol, demitido após agredir o presidente Carlos Miguel Aidar) pelo apoio incondicional, do início ao fim em nossa gestão, e também para (o auxiliar) Milton Cruz, por sua amizade verdadeira dentro e fora do campo”, destacou Osorio, ignorando Aidar, com quem já não mantinha relações na reta final de sua trajetória no São Paulo, que durou 29 jogos, com 13 vitórias, sete empates e nove derrotas.