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Citroën vai trazer o DS3
Por Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
21/10/2009 | 07:00
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O diretor-geral da Citroën no mundo, Frédéric Banzet, anunciou ontem, em São Paulo, a importação do recém-lançado DS3 para o Brasil. A data da estreia e o preço ainda não estão definidos, embora a marca francesa pretenda iniciar as vendas do modelo até o fim do ano que vem ou, no máximo, início de 2011.

Além do DS3, cuja apresentação mundial foi realizada em setembro no Salão de Frankfurt, a Citroën prepara o lançamento de um novo veículo para o ano que vem num segmento em que a marca não disputa no mercado brasileiro. Embora a montadora ainda não confirme, trata-se do C3 Picasso, que passará a ser produzido na fábrica de Porto Real (RJ) com adaptações ao mercado sul-americano.

No Brasil, o DS3, que na Europa é vendido a partir de 15,4 mil euros, vai ser usado para reforçar a imagem da Citroën como uma marca premium. O veículo será vendido nas principais cidades do País e nas concessionárias que já utilizam novo visual de identidade, como a TGV, pertencente ao ex-presidente da Citroën no Brasil Sérgio Habib e visitada ontem por Banzet na Marginal do Pinheiros, em São Paulo.

O DS3 foi inspirado no mítico DS, veículo construído pela Citroën que revolucionou a sua época, ao ser lançado no Salão de Paris em 1955. O DS trouxe novas tecnologias, como suspensão hineumática e faróis direcionais.

Na Europa, o DS3 oferece cinco motorizações: duas a diesel HDi FAP com 110 cv e 90 cv e três a gasolina o THP 150, o VTi 120 e o VTi 95. Para o Brasil, costumam vir as versões mais completas de acabamento e motor.

De acordo com Banzet, a introdução de novos modelos e renovação de produtos serão as ações da Citroën para se fortalecer no mercado brasileiro, considerado estratégico pelo Grupo PSA Peugeot Citroën para melhorar sua performance como grande produtor mundial de veículos. Atualmente a sétima marca mais vendida na Europa, a Citroën pretende estar entre as três maiores até 2012.

Para alcançar seus objetivos, o executivo diz que a Citroën se pauta pelo desenvolvimento de tecnologia criativa que saiba interpretar e satisfazer as necessidades de seus clientes. Banzet cita o exemplo do conceito C-Cactus, que deverá ser produzido até 2012. "O Cactus poderá não andar a 200 km/h numa estrada da Alemanha, mas pelo menos será mais respeitoso com o meio ambiente", afirma.

O executivo francês ainda fala sobre as novas tecnologias para motores. A Citroën irá lançar o comercial leve Berlingo com motor elétrico no ano que vem na Europa. Além disso, pretende apresentar também um automóvel com a mesma tecnologia até o fim de 2010.

Além do motor elétrico, Banzet garante que a Citroën aposta em motores térmicos e híbridos para equipar seus veículos num futuro não tão distante. Há estudos para lançar um motor diesel híbrido, já que o combustível, quando utilizado em motores com filtro particulado, emite 30% menos CO2 que um similar movido a gasolina.

Reviravolta nas vendas

A Citroën emplacou 7.200 veículos em setembro, crescimento de 34,10% em comparação com agosto e recorde histórico mensal de vendas da marca no País.

No acumulado até setembro, porém, a montadora não foi tão bem. Nos nove primeiros meses de 2009, a Citroën ficou com 2,29% das vendas no mercado nacional. Neste mesmo período de 2008, a Citroën detinha 2,55% de market share.

O presidente da Citroën no Brasil, Ivan Segal, afirmou que a crise favoreceu segmentos populares em que a Citroën não disputa. Além disso, o fim do terceiro turno na fábrica de Porto Real (RJ) e o rearranjo na planta de Palomar, Argentina, prejudicaram o andamento da produção.

Em agosto, a Citroën vendeu cerca de 700 C4 Pallas, sedã importado da Argentina. Em setembro, com a normalização da produção, vendeu 1.571 unidades. Mesmo assim, a marca espera fechar o ano com 72 mil unidades, crescimento de 6% sobre 2008.

Entre janeiro e setembro, a Volks foi uma das montadoras que mais cresceram no Brasil. No mesmo período do ano passado, tinha 21,83% do mercado, e pulou para 23,24%. Num movimento contrário, a General Motors caiu de 21,23% para 19,83% no mesmo período.

A Ford também aproveitou bem o momento. Saiu do share de 9,48% para 10,21%. A Honda também cresceu, passando de 4,06% para 4,30%. O mesmo fez a Toyota, que saiu de 2,73% para 2,93%, se comparados os primeiros nove meses de 2009 com o mesmo período de 2008. A Renault perdeu a quinta posição do mercado para a Honda, ao recuar de 4,37% para 3,81%.




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