Política Titulo Concorrência interna
Vinholi aponta publicação de edital para
disputa de prévia estadual do PSDB

Dirigente pondera seguir trâmites da nacional; sobre Alckmin, ressalta ‘democracia partidária’

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/07/2021 | 00:01
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Divulgação/ Governo do Estado de SP


Presidente paulista do PSDB e secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi sustentou que o diretório irá publicar edital da abertura de inscrições de pré-candidaturas internas do tucanato ao governo do Estado para o pleito de 2022. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já sinalizou apoio ao vice Rodrigo Garcia, ex-DEM, recém-filiado ao partido, mas o ex-chefe do Palácio dos Bandeirantes Geraldo Alckmin também está no páreo. Sem dar prazo para a fundamentação do processo, o dirigente pontuou que o procedimento será formalizado conforme já indicado no âmbito nacional.

“Vamos abrir edital, conforme feito na prévia nacional. Iremos reunir na segunda-feira (hoje) a executiva para discutir esse tema”, alegou Vinholi.

Questionado sobre a movimentação de Alckmin nos bastidores para se consolidar novamente como pretendente ao cargo eletivo – exerceu a função em quatro mandatos –, o mandatário estadual frisou que faz parte da “democracia partidária”. “Todos que quiserem pleitear têm o direito para isso”, emendou. O PSDB comanda o governo paulista desde 1995 – de lá para cá a legenda acumula sete administrações consecutivas. Assim como o atual senador José Serra fez em 2010, Doria não tentará a reeleição com vistas ao Planalto.

Alckmin tem evitado falar publicamente do tema, mas vem demonstrando a tucanos graúdos, de acordo com informações, desejo em entrar na concorrência estadual. O nome do ex-governador aparece bem posicionado em pesquisas de intenções de voto. O acordo pelo ingresso de Rodrigo Garcia, por outro lado, isolou Alckmin. Interlocutores da cúpula do partido, que tratam a pré-candidatura de Rodrigo como natural, chegaram a oferecer a ele a vaga ao Senado, em que pese Serra não tenha desistido da reeleição. Frente ao cenário, DEM, PSD e PSL sinalizaram que Alckmin teria legenda para participar diretamente da disputa.

Rodrigo tem rodado o Estado em agendas oficiais, ao lado de prefeitos, e anunciando investimentos, principalmente em infraestrutura e saúde. A previsão era que a prévia estadual acontecesse em setembro, antes da nacional, mas não há data pré-estabelecida – o secretário paulista da Casa Civil e deputado licenciado, Cauê Macris, também surge como alternativa entre as pré-candidaturas à concorrência, embora com menos força. A disputa interna nacional ficou acertada para ocorrer em novembro, e deve ter, a princípio, Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati e o ex-senador Arthur Virgílio.

Mesmo tendo seu nome ventilado como candidato a vice, Vinholi rechaçou a hipótese. “Agradeço o reconhecimento do trabalho, mas não (devo ser pleiteante ao posto)”, avisou. Bancado em posição de destaque no Estado, o ex-deputado, 36 anos, frisou que a recente filiação de 65 prefeitos e vice se deu por “entendimento que o projeto de Doria é vencedor”. “Conforme cresce a aprovação do próprio governo. Tem mais cerca de (outros) 50 querendo vir e estamos avaliando (panorama). O reconhecimento popular e do mundo político está acontecendo de maneira muito intensa”, afirmou. 




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