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Feras das pick-ups se encontram no ABC
Por Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
26/11/2003 | 17:37
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Sirena, em Maresias, e O Galeão, em Camburi, ambas no Litoral Norte paulista, estão entre as casas noturnas que mais “bombam” no Brasil, atraindo vips e descolados da capital em todo fim de semana. Na primeira casa, o DJ residente é Carlo Dall’Anese, de São Caetano. Na outra, é o DJ Ricardo Cozza, de Santo André.

Nesta quinta, Dall’Anese e Cozza se encontram pela primeira vez em um evento em que ambos dominam as pick-ups. Só que não é no litoral norte, mas sim no Grande ABC. A festa ocorre a partir das 22h na avenida Goiás, 1.066, em São Caetano, no local onde ficava a conhecida danceteria Twist’s. O evento é uma celebração pelos 21 anos da loja Styllos (sportswear).

Os ingressos custam R$ 20. Porém, quem levar um brinquedo em bom estado de conservação ganha um desconto de R$ 5 (as peças que forem arrecadadas serão destinadas para ação beneficente). As entradas podem ser obtidas na hora da festa, no próprio local, ou até as 20h nas lojas Styllos (shoppings Metrópole, São Caetano e Central Plaza).

A noite começa com o som de Cozza, DJ de 40 anos que há sete é residente no Galeão. Ele, que já discotecou em casas como Villa Jardim, Vera Cruz, Marcenaria e Studio 6, ataca de black music, “bem dançante”. Na região, Cozza toca semanalmente no L’Officina, em São Bernardo.

Depois é a vez de Carlo Dall’Anese, 29, que é residente no Sirena há quatro anos. No set do DJ, progressive house, gênero pelo qual recebeu neste ano e em 2002 o prêmio O Melhor DJ do Brasil, promovido pela revista especializada DJ Sound.

“Progressive house é uma fusão de alguns gêneros que rolam principalmente em Londres (Inglaterra). É tocado por alguns dos grandes DJs do mundo. No Brasil, no entanto, são pouquíssimos os DJs que tocam. É algo um pouco mais dark que o house, mais leve que o techno e menos melódico do que o trance. Explicar fica meio complicado: prefiro tocar do que definir”, disse.

Dall’Anese também falou que existem diferenças entre tocar no litoral norte (especificamente no Sirena) e no Grande ABC, sobretudo porque por aqui não existe cena de música eletrônica.

“O Sirena é um lugar especial onde dá para ir bem a fundo na técnica e no conceito, o que é ótimo para o DJ. Já o Grande ABC está bem descaracterizado no que diz respeito à música eletrônica. Depois da Twist’s, não teve nenhum clube voltado ao estilo. Os empresários da noite não querem construir muita coisa por aqui ou criar um conceito. Querem é encher os bolsos no final da noite. Lucro não só é importante, como é fundamental, mas tendo ele como única prioridade, os clubes acabam sendo muito efêmeros e não duram nada”.

“O Grande ABC tem uma cultura de música eletrônica muito pequena. O pessoal quer saber é de dançar, mas sem nenhuma preocupação se está tocando rap, axé, techno ou tico-tico no fubá. Quer dizer, assim fica meio esquisito e descaracterizado”, afirmou Dall’Anese.

Para se ter uma idéia, o Sirena recebe aos sábados cerca de 2,5 mil pessoas, enquanto o Galeão reúne por volta de 1,3 mil na sexta e o mesmo número aos sábados.

Já a festa desta quinta em São Caetano tem capacidade para mil pessoas, segundo informação de Gustavo Muñoz, da organização do evento. É capaz então que o local fique pequeno, por isso a dica aos interessados em participar da festa é reservar logo ingressos, para não correr o risco de se arrepender depois.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas por meio do telefone 4226-7411 ou do site www.styllos.com.br.




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