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Copa do Mundo começa a alavancar varejo regional
Por Alexandre Melo
Paula Cabrera
21/04/2010 | 07:00
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A 51 dias do início da Copa do Mundo de futebol, onda verde-amarela invade os estabelecimentos comerciais do Grande ABC, que preparam-se para mais um período de incremento nas vendas. Redes que vendem artigos de bazar, vestuário e eletroeletrônicos têm estratégias traçadas para levar os consumidores às compras.

Nas lojas especializadas em produtos populares, a animação é predominante entre os comerciantes. Na filial andreense do Armarinhos Fernando, o gerente Gerson Alexandre do Nascimento mira crescimento de 20% no período. "Estamos otimistas, até porque a venda nas demais categorias aumenta cerca de 10%. Os consumidores entram na loja e levam produtos não relacionados ao campeonato também", conta.

Na unidade, foram montadas ontem as primeiras prateleiras com itens alusivos à Copa. Ele explica que nesta etapa os produtos estão localizados no centro da loja, depois com a proximidade do evento, são levados para a entrada até ocuparem o espaço na calçada.

Lá os itens mais procurados deverão ser chapéus, cornetas e bandeiras. Já em São Bernardo, a filial da rede prevê que o forte nas vendas serão as camisetas com os temas da Seleção, bonecos, toalhas, além das tradicionais cornetas.

De acordo com o gerente geral Amarildo Pelegrin Machado, neste momento as peças que saem mais são bandeiras, bolas e fitas para enfeitar as ruas. "Por enquanto, o movimento está baixo, mas o crescimento será gradativo daqui para frente. A meta será alcançar alta de 10% nas vendas."

Akira Matsunaga, proprietário de uma loja com artigos de R$ 1,99 no Centro de Santo André, afirma que é preciso comprar os itens de alusão ao Mundial agora, quando são encontrados com abundância no atacado. "Na outra Copa, tive muitos problemas perto dos jogos. Cornetas, bandeiras, acabam muito rápido, é colocar para vender e acabar em uma hora." Ele diz, no entanto, que o ritmo é ditado pelo desempenho da Seleção, dentro dos campos. "Se o time joga mal, as vendas caem", avalia o lojista.

25 DE MARÇO - Também em busca de boas oportunidades de compras, os consumidores do Grande ABC dirigem-se à tradicional Rua 25 de Março, no centro da Capital. A Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências) espera aquecimento de 10% nas vendas neste período em relação a 2009.

Segundo o diretor da entidade e diretor do Comercial Semaan, Marcelo Mouawad, a fatia de consumidores do Grande ABC entre os clientes da rua comercial equivale a 13%. "É quase a mesma proporção dos consumidores provenientes da Zona Norte paulistana."

Mouawad calcula que para a Copa do Mundo 2010 o volume de pedidos da rede cresceu 100% em relação ao evento passado. "Nos 30 dias que antecedem o Mundial comercializamos 70% dos produtos adquiridos", afirma.

O diretor diz que redes da região, como Nivalmix e Mais Valdir, também são grande compradoras dos produtos importados por ele. E destaca que acessórios femininos como brincos, bandanas, pulseiras e anéis serão destaque nas vendas.




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