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'Casamento' de Lorenzini e S.Caetano faz 50 anos
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
02/07/2006 | 09:51
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Você conseguiria imaginar a arquitetura urbana de São Caetano sem o prédio das Casas Bahia, sem o antigo Banco de São Caetano ou sem o edifício de garagens da rua Santa Catarina? Pois assim seria o município se não existisse a construtora Lorenzini, que recentemente completou 50 anos.

Não é nenhum exagero dizer que São Caetano seria muito diferente hoje caso o jovem José João Lorenzini não levasse adiante o sonho de se tornar construtor, carreira iniciada antes mesmo da conclusão do curso de engenharia na Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).

Convidado a acompanhar as obras do Estádio Municipal, mais tarde conhecido internacionalmente em função das façanhas da A.D. São Caetano, José aproveitou o estágio como poucos, transformando-se na prática no engenheiro da obra, como conta o jornalista e colunista do Diário Ademir Medice no livro Construtora Lorenzini 50 Anos - Uma História de Trabalho, Conquistas e Realizações.

Naquela época, São Caetano ainda experimentava os primeiros anos de sua autonomia política e administrativa, emancipada que fora em 1948. Sobrados (no Centro) e chácaras (nos bairros) dividiam o cenário urbanístico da cidade. Foi neste contexto que surgiu a Lorenzini, em 1956.

No início, ainda em sociedade com o engenheiro Kurt Oberhuber, a empresa apostou no ecletismo, construindo desde pavilhões industriais a residências de alto padrão. Foi após o fim da parceria, em 1968, que a Lorenzini começou a investir em grandes empreendimentos.

Dois prédios vizinhos, inaugurados em 1971 e 1974, gravaram para sempre o nome da construtora na paisagem arquitetônica do município: o prédio do antigo Banco de São Caetano e a sede das Casas Bahia, respectivamente.

Espigões - Foi também nos anos 70 que a empresa começou a mudar o visual de São Caetano, com a construção dos primeiros espigões que marcaram o início do processo de verticalização da cidade.

Nos anos que se seguiram, outros empreendimentos da construtora mereceram destaque, como a ampliação da fábrica da Pan Chocolates, a sede dos Patrulheiros Mirins, o edifício de garagens e a concessionária Diadel, em Diadema.

Em 1998, com a morte de José João, o filho, Marcos, assumiu a direção da construtora, que se consolida como uma das empresas mais importantes do setor na Região Metropolitana de São Paulo, apesar do foco em São Caetano. "É a nossa cidade preferida. Aqui (em São Caetano) construímos a nossa tradição e entendemos perfeitamente as necessidades do consumidor" avalia Marcos.

Os números não deixam dúvidas: desde 1956, a construtora acumula 1,2 milhão de metros quadrados de área construída, em cerca de 120 edificações, que somam quase 2,5 mil unidades residenciais entregues. Desse total, 90% estão no Grande ABC e 80% em São Caetano, berço da empresa.

Atualmente, a Lorenzini acumula 25 empregos diretos, tem seis condomínios em andamento e almeja, até o final da década, atingir a marca de 2 milhões de metros quadrados de área construída.



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