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Marinho: 'perda da Câmara foi culpa da base aliada'
Por Fábio Martins
Do Diário Grande ABC
17/12/2010 | 07:04
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Em inauguração de quadra poliesportiva da EMEB Viriato Correa, no Rudge Ramos, o prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) imputou a derrota da chapa governista à presidência da Câmara, que elegeu o vereador oposicionista Hiroyuki Minami (PSDB), aos próprios vereadores da base de sustentação. Inclusive nominou o líder do governo Tião Mateus (PT) pela derrocada, isentando o Executivo de qualquer culpa na falha de articulação.

"Houve entrevero entre a corporação legislativa e deve ter algum problema que acabou ocasionando a derrota. O Tião sentou na cadeira antes do tempo. Não seguiram minha orientação inicial e fizeram discussão antecipada. A minha chapa que disputou a eleição em 2008 elegeu seis vereadores que, sozinhos, não elegem presidente. Só espero que eles mantenham a responsabilidade", analisou o chefe do Executivo.

O petista disse que estava ciente da eventual mudança de postura de alguns ex-aliados. "Trabalhava com essa possibilidade, sim. Tanto é que alertei os companheiros para terem paciência. Não souberam trabalhar. É evidente que houve erro na condução. A Câmara é autônoma e tem de construir a decisão."

Tião devolveu o problema para o Executivo: "Na verdade, eles reclamaram que não estavam sendo atendidos pelo governo, não pelo Tião. Agora não adianta procurar bode expiatório. Todos têm culpa. Simplesmente fomos traídos, já que 13 vereadores disseram que estávamos juntos. Não honraram a palavra."

Segundo líder do governo, o processo ligou sinal amarelo aos petistas. "A derrota nos remete a colocar o pé no chão, trouxe ensinamento e inúmeras consequências, uma vez que inverteu a lógica. A oposição tem poder total a partir de 2011, tanto na mesa como nas comissões. Pode ser um sinal que as forças querem formar grupo para 2012."

O atual presidente Otávio Manente (PPS) foi quem capitaneou o movimento dissidente que convenceu outros quatro governistas: Marcelo Lima (PPS), Vandir Mognon (PSB), Ivanildo Santana (PSB) e Estevão Camolesi (PTdoB). "Estávamos sendo excluídos das tratativas para a composição da mesa. O desprestígio fez com que formássemos o bloco de centro. Assim, poderemos analisar os projetos importantes e sermos independentes", disse Manente.

 "Não tiveram tato para concentrar o grupo. Isso fez com que causasse insatisfação devido à falta de atenção. Talvez agora o comportamento conosco seja mais respeitoso", disparou o popular-socialista.




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