A advogada Carla Cepollina deve ser indiciada pela morte do namorado, o coronel reformado da PM (Polícia Militar) Ubiratan Guimarães. De acordo com o promotor responsável pelo caso, Luiz Fernando Vargionne, o indiciamento deve ocorrer na próxima semana, quando ela será intimada a prestar novo depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Segundo Vargionne, todos os indícios apontam para Carla como autora do crime. O principal deles é o fato de ela ter sido a última pessoa a deixar o apartamento de Ubiratan na noite do assassinato.

Ubiratan foi morto no dia 9 de setembro, um sábado, e seu corpo foi encontrado apenas no final do domingo. Em declarações ao DHPP, a advogada confirmou que estava com o namorado no dia em que ele foi morto, e que deixou o apartamento por volta das 20h30. O laudo da perícia revelou que ele foi assassinado com um tiro no abdômen por volta das 19h30.

Ubiratan Guimarães ficou conhecido por comandar, em 1992, a operação na Casa de Detenção de São Paulo que resultou na morte de 111 presos, no episódio que ficou conhecido como o massacre do Carandiru. Em 2001, o coronel chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelas mortes, mas no começo deste ano o Tribunal de Justiça paulista anulou o julgamento e o absolveu.