"A cada minuto que um poço arde com esta intensidade, são perdidos milhares de dólares", explica consternado um dos especialistas da Kuwait Oil Company levados pelas tropas americanas até o local para tentar apagar o fogo.
Perto do poço que lança labaredas e fumaça com mais força, os engenheiros encontraram o cabo usado pelos iraquianos para explodir com um detonador à distância a bomba que colocaram dentro da jazida.
"É o mesmo método usado pelos homens de Saddam Hussein quando incendiaram nossos poços em 1991", explicou um dos especialistas. Naquele ano, quando as tropas da coalizão internacional obrigaram o Iraque a sair do Kuwait, 727 poços de petróleo foram incendiados pelo ditador em seu caminho de volta para Bagdá.
Este sábado, os especialistas kuwaitianos buscavam uma maneira de colocar fim rapidamente a este desastre que aconteceu no meio do deserto para que os danos ambientais, sanitários e econômicos sejam os menores possíveis. "Não queremos para os outros o que já vivemos", explicaram.
Devido a esta catástrofe e ao forte vento em direção ao Sul, o céu da Cidade do Kuwait também foi tingido de preto desde sexta-feira. "Temos que transportar rapidamente tanques de água para apagar o fogo e cortar os dutos para que não continue saindo petróleo. Isso requer tempo e dinheiro", explicaram os especialistas.
As tropas americanas, que começaram na madrugada desta sexta-feira sua ofensiva terrestre no Sul do Iraque, estão tentando controlar os poços incendiados, que, segundo fontes militares, seriam cerca de 20, para apagar o fogo o quanto antes possível. Bagdá desmentiu que tivesse colocado fogo de forma premeditada em seus poços e garantiu que o fogo partiu de depósitos de petróleo e não de jazidas.
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