Fraga disse que a interrupção da intervenção não foi fixada como meta pelo FMI, mas foi uma decisão do próprio Banco Central para dar mais liquidez ao mercado. Segundo ele, agora o governo tem mais US$ 15 bilhões para tentar controlar a alta do dólar, fora a verba que deve entrar com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (Bird).
O presidente do Banco Central disse que o acordo com o FMI ainda não foi bem entendido pelo mercado e previu que, em breve, a situação deve voltar ao clima de confiança registrado na quinta-feira, dia seguinte ao anúncio do empréstimo.
Para Fraga, o acordo ofereceu um “colchão de financiamentos” para os candidatos, que vão contar com US$ 24 bilhões do FMI e cerca de US$ 2 bilhões do BID no próximo ano.
No entanto, ao comentar a falta de apoio explícito e as críticas de alguns candidatos ao acordo, ele afirmou que a comunicação não está sendo clara, mas garantiu que todos os presidenciáveis e seus assessores demonstraram apoio ao empréstimo. “A convivência que tive foi que isso foi entendido com clareza”.
Ele também voltou a ressaltar a importância da realização de uma reforma tributária e na Previdência Social. Fraga admitiu que será difícil o Congresso aprovar qualquer projeto importante no período eleitoral, mas acredita que algo pode ser feito em novembro.
Perguntado se tinha intenção de concorrer a cargos públicos, o presidente do BC foi enfático. “Não. Eu não tenho vocação. Nunca pensei nisso”.
As declarações foram dadas durante o jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo.
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