Há lindas histórias de Natal que mais parecem contos de fantasia, porém, ocorreram de verdade. Esses fatos mostram como esta época do ano é especial, capaz de trazer esperança, amor e até mesmo unir inimigos. Confira:

Pausa na guerra

Você já deve ter ouvido falar na Primeira Guerra Mundial. O conflito aconteceu entre 1914 e 1918. Reino Unido, França, Rússia e Estados Unidos lutaram contra Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália. Milhões de pessoas morreram.

No meio de tanta tragédia e destruição, há histórias legais. Durante o Natal de 1914, muitos soldados inimigos esqueceram as desavenças para celebrar a data juntos. Há relatos de pessoas que até trocaram presentes com os oponentes. Histórias desse tipo são contadas no filme Feliz Natal (2005). Na trama, alemães, escoceses (povo do Reino Unido) e franceses esquecem as desavenças para comemorar o nascimento de Jesus. Ceiam, cantam e até jogam futebol juntos na neve.

Localizadores de rena

Em 1955, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, sigla em inglês) iniciou por acaso uma tradição que existe até hoje. Naquele ano, um jornal norte-americano publicou número de telefone para o qual as crianças poderiam ligar para falar com Papai-Noel. O problema é que algumas ligações caíram na sede do Norad, nos Estados Unidos. Para não decepcioná-las, o coronel Harry Shoup mandou que sua equipe utilizasse os radares para ver por onde andaria o Bom-Velhinho e, assim, informar a garotada. Por isso, foi criado o site www.noradsanta.org em que é possível saber exatamente a localização de Noel e suas renas a partir do dia 24. Não está disponível em português (tem inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, japonês e chinês), mas vale a pena conferir.

Artista natalino

Quando era jovem, o artista plástico Thomas Kinkade teve de arrumar trabalho temporário para impedir que a mãe perdesse a casa. Para ganhar dinheiro, precisou pintar um mural da prefeitura para comemorar o Natal. No começo, o rapaz não gostou nada da ideia. No entanto, incentivado pelo vizinho, decidiu se esforçar para fazer uma pintura bem bonita. E não é que ele ajudou a recuperar o verdadeiro espírito de Natal em sua cidade. E mais, atualmente Thomas é superfamoso e até hoje desenha paisagens com bonecos de neve, árvores natalinas e casas decoradas para lembrar a celebração. Essa história se transformou no filme A Luz da Cidade, em 2008.

Carta à Sofia saiu famosa

Em 1897, a norte-americana Virgínia O'Hanlon, 8 anos, estava muito triste. A garota, que vivia em Nova York, sempre acreditou em Papai-Noel. Certo dia, porém, ficou com a pulga atrás da orelha quando alguns amigos afirmaram que o Bom-Velhinho não existia.

Então, a menina decidiu escrever uma carta para o The New York Sun, importante jornal da época. Virgínia perguntava se Noel realmente existia, pois acreditava que todas as notícias que saiam no jornal eram verdadeiras.

A carta parou nas mãos do jornalista Francis Church, responsável por fazer os editoriais (textos com opiniões) do The New York Sun. E não é que ele escreveu a resposta. Naquele Natal foi publicado o texto Sim, Virgínia, Papai-Noel existe (leia no blogdiarinho.blogspot.com/blog). Nele, Church afirmava que os amigos da menina estavam completamente errados. "Eles não acreditam no que não veem."... "É tão certo que ele exista, como existe o amor, a generosidade e a devoção, e você sabe que tudo isso existe em abundância para dar mais beleza e alegria a nossas vidas."

Virgínia morreu aos 81 anos. Durante toda a vida, as pessoas lhe perguntavam se ainda acreditava em Papai-Noel. Em resposta, enviava uma cópia do editorial publicado no The New York Sun. Em 2009, essa história se transformou em uma linda animação chamada Yes, Virgínia.