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Nalbert vê favoritismo do vôlei feminino

Meninas do Brasil são ‘casca grossa’, diz ex-jogador, que prevê dificuldades para os homens

Por Fábio Munhoz
Enviado ao Rio de Janeiro
13/07/2016 | 07:00
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Divulgação


O ex-jogador de vôlei Nalbert, campeão olímpico com a Seleção Brasileira em 2004, avalia que o time feminino da modalidade, comandado pelo técnico José Roberto Guimarães, irá sair na frente na luta pelo ouro na Olimpíada do Rio. Por outro lado, prevê que a equipe masculina terá dificuldades na busca pelo lugar mais alto do pódio, já que, na opinião dele, outros cinco países farão concorrência acirrada.

“As meninas do Brasil são ‘casca grossa’. Essa é a expressão que tenho de usar. Elas vêm de dois títulos olímpicos. Um deles, se a gente for lembrar, estava praticamente perdido, que foi em Londres. Naquele ano, elas quase ficaram de fora das quartas de final, iriam sair da Olimpíada em nono lugar, mas deram a volta por cima e ganharam da favoritíssima seleção norte-americana na final”, destacou o ex-jogador, que foi capitão da Seleção por oito anos.

No domingo, o time feminino faturou o Grand Prix pela 11ª vez, após bater os Estados Unidos, por 3 sets a 2, na final. Nalbert vai ainda mais longe nos palpites: ouro para o Brasil, prata para as norte-americanas e bronze para a China.

Já no masculino, e eterno camisa 12 da Seleção avalia que não há favorito, mas seis principais competidores: Brasil, Estados Unidos, Itália, Polônia, Rússia e França. “Todos esses times ganharam títulos no ciclo olímpico de 2012 a 2016, com exceção do Brasil e da Itália, que não foram campeões, mas que estão sempre lá em cima e têm equipes de tradição “, lembrou.

Ao fazer uma comparação do plantel atual para o da sua geração, que contava com craques como Giba, Serginho, André Heller, André Nascimento, Gustavo Endres, Giovani, Ricardinho e Rodrigão, o ex-capitão foi enfático: “Não sendo arrogante, mas é uma questão de realidade. Vai ser muito difícil, praticamente impossível que outra seleção faça igual. Nós ganhamos muito, e durante muito tempo. Em determinado momento, era uma preocupação que nós tínhamos: ‘Será que as pessoas vão achar que é fácil?’”

Mesmo assim, ele fez elogios à Seleção que irá disputar a Rio 2016, ainda comandada pelo técnico Bernardinho. “Tem se mantido entre as melhores do mundo, sempre beliscando muito. Talvez o que esteja incomodando muito é o fato de o Brasil estar sempre chegando em segundo (nos últimos anos): foi vice-campeão nas Olimpíadas de Londres e de Pequim, no Mundial da Polônia e na Liga Mundial. Mas acho que é o grande momento de dar o salto, subir um degrau, e chegar ao lugar mais alto. Tenho muita esperança e acredito nesse time.”

Por fim, Nalbert alertou que jogar em casa não é, necessariamente, sinal de vitória. Ele lembrou dois episódios históricos recentes ocorridos em outros esportes: no mês passado, o Cleveland Cavaliers foi campeão da NBA – basquete norte-americano – após bater o Golden State Warriors de virada na casa do adversário, em Oakland, na Califórnia; e no domingo, a seleção de Portugal faturou a Eurocopa depois de superar a França em pleno Stade de France, nas proximidades de Paris.

E hoje (12h30), a Seleção masculina de vôlei irá estrear na fase final da Liga Mundial, diante da Itália, em Cracóvia, na Polônia.  




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