O Comitê Intermunicipal de Mobilização Social de Combate à Dengue começa na terça, em reunião com representantes das secretarias municipais de saúde e técnicos da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), a definir as ações de prevenção da doença na região. De acordo com informações do médico sanitarista e coordenador do comitê, Homero Nepomuceno Duarte, as ações deverão acontecer a partir do mês que vem. “A idéia é traçar metas para a temporada de chuva e calor”, disse. O Comitê é ligado ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC e foi criado em novembro do ano passado. É constituído por representantes das administrações municipais, da DIR-2 (Direção Regional de Saúde) e da sociedade civil.

De acordo com Duarte, no encontro desta terça os representantes do comitê pretendem organizar um calendário até o fim da temporada do verão, estação propícia ao surgimento do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. “No ano passado, as ações foram definidas aos poucos e, às vezes, muito em cima da hora”, explicou.

Pela primeira vez desde que a doença voltou a fazer vítimas no Estado, o Grande ABC registrou casos autóctones de dengue na última temporada. Foram pelo menos 25 em Diadema. “Por estarem concentrados em uma mesma região, é considerado um surto”, disse Homero. “Temos de evitar que isso aconteça novamente.” Em São Bernardo, onde também foram identificados casos autóctones, não houve surto, pois os doentes moravam distantes uns dos outros.

Homero alerta que não se pode esquecer a dengue nem nos meses de inverno e no período de seca. Apesar do mosquito depender de água limpa e calor para nascer, os ovos depositados no verão permanecem vivos por até um ano, podendo eclodir assim que as condições estiverem boas para isso.

Mapa – No começo deste ano, começou a ser realizado um mapeamento da dengue na região, que combinava informações sobre focos do mosquito com casos da doença. Apesar de pronto, esse mapa terá de ser atualizado. “Nessa primeira reuniã,o pediremos aos representantes dos municípios, que deixaram de mandar os dados durante o inverno, o façam, para que o mapeamento seja atualizado o mais rápido possível”, explicou Homero.