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Condomínio de Sto.André está há 23 anos sem luz
Por Roberta Nomura
Especial para o Diário
20/05/2005 | 07:57
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O Conjunto Habitacional dos Metalúrgicos, no Jardim Alvorada, em Santo André, sofre com falta de iluminação desde que foi inaugurado, há 23 anos. A reclamação dos moradores é que, nas ruas por onde estão distribuídos os prédios que abrigam 3.008 famílias, existem postes instalados, mas sem lâmpadas. A Eletropaulo alega que a responsabilidade da área é da Prefeitura, que por sua vez empurra o problema para a administração do condomínio.

“Só não estamos totalmente no escuro porque tem uns holofotes e alguns moradores colocam iluminação na própria garagem. Mas aqui durante a noite é um perigo. Muito escuro”, conta a dona de casa Charlene Veiga, 51 anos, que mora no local desde 1983. A assessoria de imprensa da Eletropaulo garante que a Prefeitura é responsável por fazer pedidos de instalação de iluminação no local, mas até hoje nunca foram requeridos. A administração municipal, por meio de assessoria de imprensa, afirma que a reivindicação deve ser feita pelo próprio condomínio, já que as ruas são restritas a moradores e visitantes autorizados. “Aumentamos muros e colocamos portões por questão de segurança, mas não quer dizer que moramos em condomínios fechados, de luxo”, explica o autônomo Luiz Antonio Andrade Della Rosa.

Moradores afirmam que nunca aconteceram problemas graves, mas a sensação de insegurança é constante. “Na escuridão, fica difícil fiscalizar. Atrapalha o serviço dos nossos vigilantes”, explica Charlene. A preocupação da líder de produção Margarete de Jesus, 35 anos, é com o filho. “Não deixo ele brincar à noite, porque fica muito escuro. A gente perde a liberdade e ficamos sem segurança aqui”, diz.

Outra reclamação da população local é ter de pagar a CIP (Contribuição de Iluminação Pública), que voltou a ser cobrada na conta em março. “A partir do momento que cobram um serviço que não é prestado, vira um absurdo”, opina Margarete.

Após reportagem publicada pelo Diário, em novembro de 2003, a administração reviu a situação do Conjunto Habitacional dos Metalúrgicos, que desde então passou a não pagar a CIP, que na época correspondia a R$ 4,20. “Mesmo assim, a gente chegou a quitar algumas vezes e eles ficaram de devolver, mas até agora só veio uma parcela. O pior é que mesmo sem luz, temos de pagar uma taxa”, reclama Della Rosa, 46 anos.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo André esclarece que a CIP estava suspensa durante o ano passado, mas a administração conseguiu uma liminar para voltar a cobrar a taxa. Ainda de acordo com a Prefeitura, para contestar a conta, o morador pode comparecer a uma das agências da Eletropaulo ou à praça de atendimento no prédio da Prefeitura (Paço Municipal, térreo 1) para que a cobrança seja imediatamente suspensa, caso seja comprovado que o morador reside em uma via que não possui iluminação pública.




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