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Cientistas australianos querem reviver espécie extinta de tigre
Das Agências
28/05/2002 | 11:44
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Uma equipe de cientistas australianos anunciou nesta terça-feira que detém a tecnologia para devolver a vida, mediante manipulação genética, ao tigre da Tasmânia, uma espécie extinta há mais de 60 anos.

O tigre, maior marsupial carnívoro conhecido até sua extinção em 1936 e cujo nome científico é Thylacine, foi extinto em razão da caça intensiva e sistemática, pois era considerado um animal prejudicial.

O professor Mike Archer, diretor do Museu de Ciências Naturais da Austrália, afirmou em uma entrevista à imprensa nesta terça-feira que o DNA obtido de um pequeno tigre da Tasmânia conservado em etanol, uma fêmea que viveu há 130 anos, foi reproduzido com sucesso e que isto torna teoricamente possível, em um prazo de uns dez anos, a ressusrreição da espécie, uma proeza genética jamais realizada até o presente.

"Trata-se de um grande passo para a transformação de um sonho impossível em uma realidade biológica", disse. Se a clonagem do tigre da Tasmânia foi feita com êxito, a experiência abrirá o caminho para outras tentativas de resgatar do passado outras espécies extintas (quem sabe os dinossauros).

O cientista ressaltou que outros materiais que podem fornecer tecidos de boa qualidade, entre eles um osso, um dente e músculos desidratados, foram encontrados na coleção do Museu de História Natural. "Dispomos de muito mais DNA de grande qualidade do que pensávamos quando pusemos em funcionamento este projeto de pesquisa", informou Archer.

Ele explicou que sua equipe conseguiu obter DNA capaz de reagir positivamente a um processo de reação em cadeia preliminar (PCR), o que constitui uma etapa sumamente importante para que seja possível depois a clonagem de moléculas. "Na minha opinião, isto tem um significado entusiasmante, pois quer dizer que o DNA supostamente morto que descobrimos reage da mesma maneira que o DNA vivo", acrescentou o cientista.

Para permtir a gestação, provavelmente se recorrerá a fêmeas de uma espécie próxima, o demônio da Tasmânia, que ainda existe, mas que está em perigo.




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