Em 2010, os paulistanos pagaram 13,24% mais para encher o carrinho de supermercado, gastando, em média, R$ 319,11 para comprar os produtos essenciais. No ano anterior, esse valor era de R$ 281,79, segundo dados de pesquisa do Procon em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, Sociais e Estatísticos). No Grande ABC a alta foi de 6,85% ou R$ 22 em relação ao mesmo período, fechando 2010 com custo de R$ 346,76.

Do total de produtos da cesta paulistana, o destaque de aumento nos preços ficou com o feijão-carioquinha, que encareceu 57,22% durante o ano. A carne também apresentou forte elevação no período e ficou 36,94% mais cara. O motivo nesse caso foi a baixa oferta de boi gordo e diminuição de seu abate. Na região, os preços desses itens também foram os principais responsáveis pelo encarecimento da cesta com altas de 25,32% e 15,13%, respectivamente.

A maior queda, por sua vez, ficou com o quilo da cebola, cujo preço registrou recuo de 47,74%. Desde o início de junho até outubro, o valor do item caiu sistematicamente, devido ao aumento da oferta no mercado, consequência da sua boa colheita. As demais reduções que chamaram a atenção foram nos preços da batata (-29,15%), sabão em barra (-5,19%), margarina (-5,05%) e no desodorante spray (-2,62%). Já no Grande ABC as principais diminuições foram sabonete (-7,41), tomate (-8,15%) e ovos (-4,54%).

DIFERENÇA - A diferença no preço geral da cesta entre a Capital e o Grande ABC acontece porque a ponderação na região é feita com base no consumo dos itens essenciais para uma família de quatro pessoas e levam em consideração produtos de alimentação, higiene e limpeza.