Os torcedores da região que se reuniram ontem no bar Liverpool, em São Bernardo, para assistir ao jogo de abertura do Grupo C da Copa do Mundo entre Inglaterra e Estados Unidos, no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo, ficaram frustrados com o empate (1 a 1).

Aqueles que lá estiveram, apaixonados pelo futebol inglês, queriam ver a vitória da seleção de Rooney e Gerrard na estreia na África do Sul.

No entanto, o frango histórico do goleiro Green, aos 39 minutos do primeiro tempo, depois do chute de canhota do meia Dempsey de fora da área, deixou o confronto igual - a Inglaterra abriu o marcador logo aos três minutos com Gerrard.

No segundo tempo, a Inglaterra melhorou, mas encontrou dificuldades diante da forte marcação adversária. Quando teve chance parou no goleiro Tim Howard, como no chute de Heskey, aos seis minutos. Os Estados Unidos tiveram boa oportunidade com Altidore, aos 19. Green fez boa defesa, a bola bateu na trave e não entrou.

Assim, os Estados Unidos mantêm a invencibilidade em Copas diante da Inglaterra. Em 1950, no Brasil, os norte-americanos venceram: 1 a 0.

Para Daniel Kokubo, 27 anos, descendente de japonês e fã do futebol inglês, o placar poderia ter sido outro, mas a falha do goleiro Green e a fraca apresentação dos comandados de Fabio Capello foram determinantes para o empate.

"Acabou sendo um resultado frustrante, apesar das dificuldades que eu sabia que encontrariam (ingleses) contra os Estados Unidos, vice-campeões da Copa das Confederações. Eu esperava um pouco mais da Inglaterra. Além disso, o glorioso goleiro ajudou", declarou ao fim do jogo.

"Mesmo assim, acredito mais na Inglaterra do que no Brasil nesta Copa, mas para chegar às finais, vai precisar jogar mais", completou, orgulhoso em estar vestindo a camisa da seleção inglesa.

Seus amigos Fábio Moino (28 anos), André Gambera (29) e Fabricia Saraceno (29) também não acreditam no sucesso da Seleção Brasileira na África. "Se passar da primeira fase, acho que o Brasil cai nas oitavas", opinou Gambera.

Os são-paulinos Silvio Liberato (31) e Rodrigo Branco (26) disseram que a Inglaterra é uma das favoritas, ao lado do Brasil, Itália, Alemanha e Argentina, principalmente porque admiram o seu treinador. "Com o Fabio Capello, a Inglaterra ganhou muito na parte tática", declararam.