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Sto.André: R$ 1 mi em segurança
Por Artur Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
21/01/2006 | 07:47
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A Prefeitura de Santo André vai investir R$ 1 milhão em Segurança Pública. O dinheiro, que deve vir de emenda Federal e do Fundo Nacional de Segurança Pública, servirá para implantação de 20 câmeras de monitoramento em cruzamentos movimentados da cidade, compra de motocicletas e equipamentos para a Guarda Civil. Do Tesouro Municipal, sairá ainda verba para a contratação de 52 guardas e 30 seguranças patrimoniais e a compra de 10 viaturas. Para melhorar o entrosamento no combate à violência, foi criado ontem um Conselho Municipal de Segurança, com participação da Justiça, Ministério Público e polícias.

Sempre preocupado em frisar que a tarefa de combate ao crime não é tarefa da Prefeitura, Marcos Duarte, da Assessoria de Articulação de Políticas de Prevenção à Violência, afirma que o grosso do investimento vai para a melhoria das condições da Guarda e proteção aos próprios públicos. O investimento da Prefeitura vem ao encontro das reclamações antigas da Guarda, que tem cerca de 500 homens e aproximadamente 40 viaturas. A categoria afirma que a corporação está sucateada.

A verba que pode melhorar a cara da Guarda ainda não está nas mãos da Prefeitura. São R$ 400 mil de emenda, ainda não aprovada, dos deputados federais José Mentor e Luís Eduardo Greenhalgh, ambos do PT. Outros R$ 665 mil devem vir do Fundo Nacional de Segurança Pública, com o qual o próprio Prefeito João Avamileno irá negociar. "Estamos otimistas em relação a essa verba", afirma Marcos Duarte.

Com a contratação de guardas e seguranças patrimoniais, já prevista no orçamento da cidade, a segurança nos parques deve ser priorizada. Jogado em cima da mesa de uma assessora de Marcos Duarte, um e-mail apontava os locais como 'pontos fracos' da administração. Até o fim do ano todos os parques devem contar com presença fixa da Guarda Municipal. "A presença dos guardas faz parte de uma política de guarda cidadã", comenta Duarte. Paranapiacaba e os 9 Cesas (Centros de Educacão de Santo André), que têm monitoramento eletrônico feito por empresa de segurança terceirizada, também terão agentes permanentemente.

Outra parte do remanejamento do efetivo prevê que os guardas saiam de prédios públicos, como postos de saúde e escola. Todas as cerca de 90 unidades de ensino municipais contam com monitoração eletrônica. Treze dos 40 postos passarão a ter o mesmo sistema. A Guarda atuaria nesses locais em um sistema de ronda, ligado à empresa que monitora os prédios. "É desperdício deixar o efetivo guardando esses prédios quando podem ser melhor utilizados em ronda", afirma Duarte. A corporação passará a contar, a partir de fevereiro, com acesso ao Infocrim, sistema da Secretaria de Segurança Pública que possibilita mapeamento da criminalidade. Antes do acesso ao sistema, a Guarda trabalhava com levantamento próprio.

Um prédio será alugado no parque Novo Oratório pela administração para a criação da 3ªCia do 10º Batalhão da PM. A medida possibilita que a PM tenha uma companhia para cada distrito policial da cidade. "Em Santo André, agora são seis companhias para seis DPs. O que diminui a área geográfica e possibilita que as viaturas passem mais vezes nos mesmos lugares", explica o major José Quesada Farina, do CPA-M/6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano - 6).

O Conselho Municipal de Segurança já existe. Mas, segundo a própria Prefeitura, não funciona. Por isso, a criação de um novo conselho, com presença de novos membros, como Justiça e Ministério Público, daria novo formato ao grupo. A entidade nasce com a missão de criar, até o fim do primeiro semestre, um plano de segurança para a cidade. Marcos Duarte, futuro presidente do conselho, afirma que, das polícias, a Prefeitura quer que 'respeitem os direitos individuais e reprimam o crime organizado'. "O maior problema da cidade", completa Duarte.




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