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Fernandes corre por fora à presidência da Câmara
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
11/11/2010 | 07:38
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Em seu primeiro mandato, o vereador Maurício Fernandes (PSB) pode ganhar apoio que nem ao menos ele esperava ter tão rápido: posicionamento favorável do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) para assumir a presidência do Legislativo Municipal no biênio 2011-2012. Apesar de compor a base de sustentação ao chefe do Executivo, a notícia pode descontentar parlamentares que vêem o cargo como possibilidade para alçar a candidatura ao próximo pleito municipal.

Fernandes adianta que as movimentações em torno de nomes já começaram na Câmara. "As conversas ainda não estão adiantadas, mas já iniciamos a articulação. Estou à disposição do grupo, que têm pessoas fortes, de peso. Tenho bom relacionamento com todos, sei que o índice de rejeição é baixo. Quero ter o reconhecimento pelo meu trabalho", revelou o socialista.

A sucessão, porém, está sendo tratada com extrema sutileza no Palácio da Cerâmica em relação às peças diretamente envolvidas no jogo de xadrez. A tendência mesmo é que um candidato neutro seja fortalecido a esta disputa que antecederá a eleição daqui dois anos.

O nome do atual presidente, vereador Gérsio Sartori (PTB), por sua vez, também aparece com chance de garantir a reeleição, principalmente, por conquistar a aprovação de projetos polêmicos como concessão do DAE (Departamento de Água e Esgoto) e a reintegração de posse de áreas esportivas, além de, pelo menos a princípio, sem almejar a candidatura à principal cadeira do Paço Municipal. Outro que tem sido potencializado nos corredores de negociação é Flávio Rstom (PTB), considerado de confiança de Auricchio.

Correntes do Legislativo ainda apostam no quadro do atual líder de governo na Casa, Paulo Bottura (PTB), para disputar o cargo que o içaria como um dos principais nomes da base para as eleições. O nome de Paulo Pinheiro (PTB) não é descartado do banco de jogo, só que a pretensão de concorrer à Prefeitura também o coloca em patamar abaixo na concorrência.

Alheio às disputas eleitorais, Fernandes aposta que a briga sadia será benéfica. "O Gérsio está tendo um bom trabalho à frente da Casa, com boa probabilidade de continuidade. O Bottura fez um mandato satisfatório na sua época. Então não vou levantar quem poderia receber mais vantagens, até porque no primeiro ano de gestão o mais votado acaba levando benefícios que ficam menores a partir do biênio posterior."

Para o socialista, o processo pode trazer traços negativos, mas sem danos ao relacionamento profissional. "Pode acontecer, mas não vejo como maldade de alguém, querendo passar por cima. Está aberto o processo. Não estamos ainda contanto os votos."




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