Em Washington e em São Francisco (EUA), lideranças políticas, religiosas, sindicais e artistas se reuniram para pedir à Casa Branca que reconsidere sua política e permita aos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) realizar seu trabalho no tempo necessário.

Na França, milhares de pessoas saíram às ruas em todo o país depois da convocação feita por uma coordenadoria que reúne organizações, associações, sindicatos e partidos de esquerda. O lema "Não à guerra contra o Iraque, justiça, paz e democracia no Oriente Médio e em todo o mundo" era lido em cartazes nas cidades de Paris, Bordeaux, Rennes e Marselha, entre outras.

Em Paris, as manifestações reuniram entre 6 mil, segundo a polícia, e 12 mil, de acordo com os organizadores. Em Toulouse, a polícia calculou em 1.300 o número de manifestantes. Em Lille, 1. 500 pessoas foram às ruas. Em Nantes, a oposição à guerra reuniu mil manifestantes, enquanto em Bordeaux foram entre 1.800, segundo a polícia, e 2.500, de acordo com os organizadores.

Na Alemanha, milhares de pessoas protestaram em Rostock e Tübingen. Em Rostock, entre 5 mil pessoas, segundo os organizadores, e 3 mil de acordo com a polícia, participaram da passeata convocada pelo partido comunista e por uma associação de moradores. Em Tübingen, mil pessoas participaram do evento organizado por grupos pacifistas e movimentos antiglobalização. Uma gigantesca manifestação será realizada em Berlim e outras grandes cidades do mundo no dia 15 de fevereiro, data fixada durante o último Fórum Social Mundial de Florença (Itália).

Também foram organizadas manifestações no Reino Unido e na Irlanda, em cidades como Londres e no aeroporto irlandês de Shannon, utilizado pelo Exército americano. Em Liverpool (noroeste da Inglaterra), 2.500 pessoas protestaram contra a guerra, enquanto em Bradford (norte), 2 mil manifestantes participaram do evento. Além disso, 200 pessoas protestaram nas proximidades da base militar de Northwood, ao noroeste de Londres. Na Escócia, a Igreja Episcopal Anglicana pediu aos seus 50 mil fiéis que rezem amanhã contra uma eventual guerra no Iraque.

Na Suécia, quase 6.000 pessoas protestaram em Gotemburgo. Em Genebra, na Suíça, mais de 600 pessoas saíram às ruas. Em Nápoles, sul da Itália, milhares de manifestantes são esperados hoje para uma passeata em direção ao porto da cidade. A convocação foi feita pelo movimento antiglobalização do país. Nesta segunda, outras manifestações serão realizadas na Espanha e na Bélgica.

O centro de Tóquio foi tomado por mais de 4 mil japoneses, segundo a polícia local, que demonstraram oposição a um eventual ataque. Os manifestantes saíram às ruas, alguns vestindo fantasias tradicionais, outros usando máscaras representando o presidente norte-americano, George W. Bush. Cartazes levavam frases como "Por que o Iraque?" e "Guerra não é a resposta".