Apesar do agravo de instrumento obtido pela AD São Caetano que suspendeu o processo de reintegração de posse da sua sede social, a chance da agremiação permanecer no local é remota. O município cumpre determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que exige a transferência da administração dos 16 clubes da cidade - que tiveram suas áreas cedidas em comodato - para o poder público.
O caso é bem semelhante ao ocorrido recentemente com o Fundação, o primeiro da lista a ser reintegrado ao patrimônio municipal.
Além da AD, outros clubes tradicionais como Abrev Barcelona, Águias de Nova Gerty e Santa Maria se enquadram na determinação e passarão pelo mesmo processo judicial.
Confiante na decisão judicial, a Prefeitura informou que não pretende recorrer para tentar derrubar o agravo de instrumento. A tática a ser utilizada pelo município é aguardar a posição do juiz sobre o processo paralelo movido pela agremiação, que tenta destituir do cargo o diretor do 4º Cartório, Sergio Pardal, e o juiz que deferiu o pedido de reintegração de posse.
O clube argumenta que Sergio Pardal é funcionário público- ocupa o cargo de presidente do Comad (Conselho Municipal Antidrogas) - e tentou por duas vezes se eleger como vereador.
O desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha foi quem aceitou o pedido da AD São Caetano e solicitou a suspensão da decisão tomada em primeira instância com parecer favorável à Prefeitura.
Antes de saber da suspensão do processo, a Secretaria de Esportes já havia feito, em conjunto com funcionários da Justiça, inventário nas dependências da sede social do clube para separar o que era de propriedade da AD São Caetano. A reintegração da posse estava marcada para ontem pela manhã, mas por conta da decisão judicial acabou suspensa.
Não há prazo estipulado para que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo se posicione a respeito da argumentação do clube.
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