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Greve: empresas de ônibus de Campinas ameaçam demitir
Por Do Diário do Grande ABC
07/05/1999 | 09:49
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A Associaçao das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) ameaça demitir pelo menos 600 dos 4,1 mil trabalhadores que atuam no sistema. A medida foi anunciada nesta sexta-feira pelo presidente da entidade, Armando Damaceno, depois que a Justiça do Trabalho determinou a manutençao de benefícios que os empresários pretendiam cortar. O anúncio do corte motivou uma greve que paralisou totalmente a categoria e deixou 300 mil pessoas sem transporte nesta quinta-feira.

"Se houver demissoes, vamos parar outra vez", reagiu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Campinas e Regiao, Mário de Oliveira Santana. A categoria decidiu suspender a greve ontem, depois da liminar que obriga as empresas a manter o pagamento de vale refeiçao, convênio médico e cestas básicas. Segundo ele, o corte nesses benefícios resultaria numa reduçao de até 40% nos salários dos trabalhadores.

O presidente da Transurc disse que a suspensao dos benefícios resultaria numa economia mensal de R$ 1 milhao para as seis permissionárias que operam o sistema na cidade. Segundo ele, atualmente as empresas registram um prejuízo mensal de R$ 1,4 milhao. Os empresários alegam que a entrada em operaçao das peruas que trabalham com lotaçao afetou a demanda de passageiros que antes dependiam apenas dos ônibus.

Caso as empresas decidam levar adiante a decisao de demitir em massa, os cobradores deverao ser os maiores prejudicados. Damaceno já anunciou que vai pressionar a prefeitura para eliminar essa funçao.

"Nao faz sentido mantermos os cobradores se já dispomos do sistema de bilhetagem eletrônica", disse. Para extinguir o cargo, será necessário alterar a lei municipal que regulamenta a bilhetagem eletrônica. A lei proíbe a demissao de cobradores.




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