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Loterias da Caixa movimentaram R$ 3,5 bi em 2003
22/02/2004 | 22:52
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   O governo federal, que segundo o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, pretende estatizar os bingos, jogos eletrônicos e virtuais, movimentou R$ 3,5 bilhões em 2003 com as loterias administradas pela Caixa Econômica Federal (CEF). De acordo com relatório divulgado em janeiro, o montante de arrecadação dos jogos foi recorde, 18% superior ao do ano anterior, o que levou o vice-presidente de Transferência de Benefícios da Caixa, Carlos Borges, a comemorar ‘‘a importância das loterias federais na captação de recursos para áreas fundamentais do governo’’.

Segundo o governo, de cada R$ 1 apostado nas loterias federais, aproximadamente R$ 0,48 são repassados a programas sociais, culturais e esportivos, como FNC (Fundo Nacional da Cultura), Fies (Financiamento Estudantil), Funpen (Fundo Penitenciário Nacional), COB (Comitê Olímpico Brasileiro), entre outros.

Só o Fies, por exemplo, recebeu R$ 249,5 milhões em 2003 advindos das lotéricas. O total revertido aos beneficiários, no ano passado, ficou acima de R$ 1,7 bilhão. O valor significa R$ 300 milhões a mais que o verificado em 2002, quando o montante fora de R$ 1,4 bilhão.

‘‘A atual gestão percebe o serviço público de loterias como um importante instrumento de distribuição de renda para o país’’, ressalta um comunicado de imprensa da Caixa. De fato, os apostadores não ficam com a ‘‘parte do leão’’, pois na Mega-Sena, por exemplo, modalidade de loteria que mais paga e por isso registra maior procura, o prêmio líquido é de 32,20% do total arrecadado.

O restante, segundo a instituição, tem o seguinte destino: Fundo Nacional da Cultura (3%), Comitê Olímpico Brasileiro (1,7%), Comitê Para-Olímpico Brasileiro (0,30%), Imposto de Renda Federal (13,80%), Seguridade Social (32,20%), Financiamento Estudantil (7,76%), Fundo Penitenciário Nacional (3,14%), despesas de custeio e manutenção de serviços (20%), tarifa de administração (10%), comissão dos lotéricos (9%) e Fundo Desenvolvido das Loterias (1%).

O negócio loterias tem merecido atenção crescente por parte da Caixa, que no ano passado registrou o melhor desempenho financeiro da história, com o lucro líquido de R$ 1,616 bilhão, cerca de 49% a mais que o resultado do exercício anterior. As loterias funcionam como ponta-de-lança de uma agressiva estratégia de popularização das atividades bancárias da instituição, com a mobilização de uma rede que soma 9 mil casas lotéricas em todo o país.

‘‘As lotéricas, além de venderem jogos, se transformaram, nos últimos anos, em centros de prestação de serviços para a população, especialmente a de menor renda. Nas lotéricas é possível receber benefícios sociais do governo federal, como FGTS, INSS, PIS, Bolsa-Família, além de fazer depósitos e saques de conta-corrente e poupança, entre outros serviços. Mas é no recebimento de contas diversas, primeiro serviço bancário implantado nas lotéricas, que elas têm seu maior destaque’’, informa a Caixa.

A empresa financeira federal assegura que mais da metade das contas processadas no sistema bancário de todo o país são pagas nas casas lotéricas: ‘‘No ano passado, o total de boletos pagos nas lotéricas da Caixa foi de 595,6 milhões. Esse volume é ainda maior quando comparado às contas pagas entre os anos de 1999 a 2003. Nesse período (cinco anos), o aumento acumulado é de 50,30%”.




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