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Preços de carros novos têm reajuste de 2,7%, aponta FGV
Por Leone Farias
Com AE
21/05/2010 | 07:00
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Pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) aponta que o preço dos carros novos subiu, em média, 2,7% nos últimos 12 meses terminados em abril. A elevação reflete sobretudo a retirada do incentivo da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a partir de março. Essa foi a maior variação em 17 meses.

No ano passado, os veículos haviam apresentado retração de 4,63%, também de acordo com o levantamento da FGV.

O percentual de aumento de preços, no entanto, foi inferior à alta no IPI após o fim do estímulo tributário. Desde 1º de abril, a alíquota do imposto dos carros flex 1.0, que estava em 3%, retornou aos 7% e, no caso dos flex de 1.0 a 2.0, passou de 7,5% para 11,5%.

Segundo o consultor especializado Paulo Roberto Garbossa, diretor da ADK Automotive, o pequeno reajuste no valor final dos carros se deve à concorrência acirrada no setor. "Ninguém quer perder vendas", afirma.

Em contato com concessionárias da região, a reportagem constatou que alguns modelos básicos tiveram aumento que chega a 4%, ou seja, a variação do tributo, enquanto alguns que já vêm mais equipados receberam, em alguns casos, bonificações das montadoras e se mantiveram praticamente sem variação.

Foi o caso do Gol 1.0 equipado com vidro, trava e direção hidráulica, que é encontrado na concessionária Avel, de São Bernardo, por R$ 30.700, mesmo preço de antes da retirada do incentivo. Já o carro sem esses itens passou de R$ 27.290 para R$ 28.990, alta de R$ 1.700.

De forma geral, as versãos mais básicas dos modelos populares subiram, pelo menos, R$ 1.000, o que daria para pagar a documentação mais o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Na Itavema, de Santo André, por exemplo, foi informado que o Fiat Palio subiu de R$ 23.490 para R$ 24.990 e, na Vigorito, o Celta passou de R$ 22.700 para R$ 24.200.

PERSPECTIVA - A perspectiva nas concessionárias é de melhora no volume comercializado na segunda metade deste mês, por conta da chegada de modelos da linha 2011 nas revendas e de promoções das montadoras.

Na primeira quinzena, o setor registrou retração de 27,98% nas vendas de automóveis e comerciais leves na comparação com os primeiros 15 dias úteis de abril - período em que as lojas ainda tinham estoque alto de carros faturados antes da retirada da redução do IPI.

Para o gerente de vendas de novos da Itavema, Oswaldo Rodrigues Domingos Júnior, o lançamento do Novo Uno, há poucos dias, já ajudou a elevar o fluxo de público.




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