O satélite brasileiro Saci-1, lançado na primeira semana de outubro e sem emitir sinais desde entao, voltará a operar em alguns meses. Segundo nota do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada neste final de semana, o satélite voltará a funcionar ao ser desligado automaticamente, pela ausência da energia solar. Ao ser religado posteriormente, funcionará normalmente, cumprindo sua missao de transmitir informaçoes científicas para os cientistas brasileiros e internacionais que participam de sua missao.

Diz a nota oficial do Inpe que "a equipe técnica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) envolvida com os testes do satélite SACI-2 conseguiu, no dia 27, reproduzir o problema ocorrido com o SACI-1". Segundo os técnicos, ocorreu uma falha na interface que liga o sistema de potência (baterias) ao computador. "Uma vez definido o que motivou a falta de comunicaçao, o INPE está tomando as medidas corretivas necessárias para assegurar o êxito do lançamento em órbita do satélite SACI-2, previsto para o final de novembro, pelo segundo protótipo do Veículo Lançador de Satélite -1, o VLS-1".

Os técnicos do INPE tiveram a ajuda da NASA, que forneceu imagens do satélite com os seus painéis solares apontados em direçao do Sol. "Isso indica que os computadores de bordo funcionaram logo após o lançamento do satélite, o que permitiu a abertura dos painéis solares", diz a nota. "Em seguida, o computador entrou em modo de operaçao impróprio, impedindo a execuçao dos telecomandos enviados da Terra".

O Inpe entende que o Saci-1 será salvo: "Esta situaçao atual do Saci-1 pode ser corrigida no caso de o computador ser desligado e, a seguir, religado. Contudo, esse procedimento nao pode ser feito a partir de determinaçao proveniente do solo, mas pode vir a ocorrer naturalmente após alguns meses em órbita, quando o ângulo de iluminaçao solar nao permitir o recarregamento total da bateria do satélite".

Durante este período, o SACI-1 continuará a ser monitorado pelo INPE, que nao pretende, no momento, solicitar apoio de uma estaçao de solo polar, conforme cogitado anteriormente.