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Brasil define metas de exportaçao junto à APPC
Do Diário do Grande ABC
07/07/1999 | 00:06
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O Brasil definiu nesta quarta, junto à Associaçao dos Países Produtores de Café (APPC) metas de exportaçao de 15 milhoes de sacas na safra 1999/2000 e de 17 milhoes de sacas para a safra 2000/2001. Maior produtor de café do mundo, o Brasil conseguiu manter seu programa de exportaçoes para o próximo ano-safra e ampliou em 2 milhoes de sacas para o período de julho de 2000 a julho de 2001.

O secretário de Produtos de Base do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Robério Silva, considerou que a delegaçao brasileira foi bem sucedida nas negociaçoes de ontem, considerando que o País ultrapassou em 40% a cota de 15 milhoes de sacas determinada para suas exportaçoes no último ano-safra, atingindo o volume total de 21 milhoes de sacas. "Conseguimos recuperar a credibilidade do País dentro da APPC" disse.

O programa de exportaçoes dos países membros da APPC pretende reduzir o volume de café exportado nos próximos dois anos em todo o mundo. O objetivo principal desta medida é equilibrar os estoques mundiais do produto, o que permitiria uma reduçao na volatilidade dos preços do café no mercado internacional.

Mesmo com a ampliaçao de dois milhoes de sacas para o ano-safra de 2000/2001, o vice-presidente da APPC, Alan Gauze, ressaltou que o Brasil também estará reduzindo o volume a ser exportado, já que as perspectivas para a próxima safra brasileira de café sao de uma produçao de 40 milhoes de sacas.

Essa foi a primeira vez que os países membros da APPC definiram um programa de exportaçoes para dois anos-safra. Segundo Gauze, esta é uma açao que tem como objetivo recuperar a credibilidade da APPC junto ao mercado internacional do café. "Vamos mostrar que sabemos trabalhar dentro de projeçoes futuras", disse.

Alan Gauze solicitou à delegaçao brasileira que o País seja "solidário" e se limite a cumprir as metas acertadas, para que o programa de exportaçoes da APPC seja "o mais confiável possível."

No entanto, Gauze ressaltou que o programa é dinâmico, e que poderá sofrer alteraçoes no decorrer dos próximos dois anos, dependendo do comportamento do mercado. Robério Silva garantiu que o Brasil irá cumprir os compromissos assumidos junto à APPC.

O secretário disse ainda que o Brasil terá uma política para controlar o fluxo de exportaçoes e gerenciamento dos estoques internos. Silva assegurou que isto nao representará uma mudança no sistema de registros das exportaçoes.

Robério Silva evitou fazer projeçoes sobre o efeito imediato do anúncio do programa de exportaçoes da APPC no mercado internacional de café. Silva acredita que seria uma "aventura" arriscar qualquer projeçao neste momento, em que os operadores do mercado estao atentos às possíveis ocorrências de geadas no Brasil. "A médio prazo vamos saber exatamente a reaçao do mercado", disse.




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