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Classe C amplia comercialização de perfume e vestuário na internet
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
14/01/2010 | 07:00
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A popularização da banda larga entre as classes C e D deverá alavancar as vendas nas lojas virtuais do País - principalmente nas categorias de perfumaria, beleza, vestuário, casa e decoração. Para o principal executivo do site de vendas Mercado Livre, Stelleo Tolda, os itens ligados à tecnologia ainda são os mais buscados pelos internautas, mas este cenário tende a mudar.

No balanço dos dez produtos mais vendidos no ano passado, alguns indicativos começaram a aparecer. As roupas masculinas apareceram na 7ª posição entre os produtos mais vendidos, sendo que há um ano, a categoria ocupava a 10ª colocação. Já os perfumes e fragrâncias, que não figuravam na lista passada, apareceram na última colocação.

"Os itens relacionados a bem estar estão ganhando a preferência desses consumidores. As empresas que atuam no setor deverão estar atentas", afirma Tolda. Além disso, o crescimento nas vendas de CDs, DVDs e livros, de tíquete médio baixo, indica também que novos consumidores estão comprando pela web.

Dados do IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil), apontam que no ano passado, ao menos 45% das famílias brasileiras de classe C tinham acesso à internet em suas residências. A entidade estima que esse índice é de 80% dos usuários das classes A e B e 25% nas classes D e E.

As iniciativas de popularização da banda larga no País deverão contribuir para que o Brasil atinja cerca de 15 milhões de conexões rápidas até o fim deste ano.

RANKING - Levantamento do Mercado Livre aponta que os smartphones foram os produtos mais comercializados no site em 2009, mantendo a colocação do ano anterior. Os aparelhos celulares e itens de telefonia foram responsáveis por 20% da venda anual. Em seguida, aparece informática, respondendo por 15%, e em terceiro, os acessórios para veículos, com 9%.

O tíquete médio atingiu US$ 100 em 2009, valor menor que as demais operações no mercado, pois são vendidos tanto itens novos como usados. O Mercado Livre tem 40 milhões de usuários na América Latina, sendo metade deles no País, que soma 60 milhões de internautas.

Para este ano, a empresa, que tem ações negociadas na Nasdaq, acredita que o e-commerce crescerá 30%. O balanço do ano passado ainda não foi concretizado pela consultoria e-bit, mas estima-se que o setor movimentou R$ 10,5 bilhões.




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