Economia Titulo
Consumidor encerra o
ano com menos dívidas
Por Paula Cabrera
do Diário do Grande ABC
30/12/2010 | 07:11
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Grande parte das famílias paulistas vai começar 2011 mais feliz. Mesmo com os gastos elevados com as festas e comemorações de fim de ano, o índice de endividamento caiu sete pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2009 - saindo de 20% no Natal do ano passado para 13% neste ano, segundo pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Para a assessora econômica da entidade, Kelly Carvalho, a estabilidade de emprego e o aumento da renda neste ano foram fundamentais para a melhora nos índices, no entanto, a mudança de comportamento dos consumidores foi determinante. "O consumidor se planejou melhor e usou recursos para quitar dívidas. Quem comprou, o fez a vista e ainda poupou um pouco para quitar dívidas como IPTU, IPVA e matrícula escolar que serão pagas em janeiro", aponta.

Quem precisou parcelar dívidas preferiu evitar financiamentos mais longos, segundo Kelly. "Assim, eles compraram sem ter o orçamento tão comprometido", avalia.

A pesquisa mostra ainda que na comparação entre dezembro e o mês imediatamente anterior, o número de famílias que apresentaram algum tipo de dívida caiu de 50% para 46%. No mesmo período de 2009, o índice estava em 48%.

Em média, entre as pessoas com contas em atraso, 45,5% têm problemas há mais de 90 dias. Outros 28,3% têm contas atrasadas por até 30 dias, enquanto que 21,3% do total de famílias estão com dívidas vencidas entre 30 e 90 dias. "O pagamento do 13º [salário] também ajudou a quitar dívidas mais antigas", diz Kelly.

JURÍDICAS - Enquanto consumidores honraram mais pagamentos, as empresas registraram alta no na inadimplência de 10,5% em novembro na comparação com o mês anterior, segundo indicador Serasa Experian de inadimplência das empresas. Foi o maior crescimento verificado desde o mês de março.

Já na variação anual o índice apresentou queda de 2,4%. Segundo o levantamento, foi o maior recuo verificado desde 2006, considerando o penúltimo mês do ano. Na relação entre os acumulados, janeiro a novembro 2010/2009, por sua vez, houve um decréscimo de 5,9%.

Para os economistas da Serasa Experian, o crescimento mensal verificado na inadimplência das empresas é pontual e decorre das pressões de custos sobre o caixa, como o pagamento da primeira parcela do 13º salário, as compras de composição dos estoques para o Natal e importações para a data. Nas comparações anual e acumulada, os efeitos da recuperação do crédito para os negócios e o forte crescimento da economia neste ano se fazem presentes, determinando quedas no indicador.

A perspectiva é de que a inadimplência das empresas caia nos primeiros meses de 2011, em razão da atividade econômica aquecida e da crescente oferta de crédito.




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