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Ex-petista, Rogério defende renúncia de Dilma Rousseff e nova eleição a presidente

Agora na Rede, vereador mauaense também pede saída de Michel Temer, Cunha e Renan

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
21/12/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Após deixar o PT e se filiar à Rede Sustentabilidade, o vereador de Mauá Rogério Santana fez discurso pregando a saída da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e dos mandatários do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Rogério evitou dar apoio explícito ao impeachment de Dilma, mas pediu que a chefe da Nação renunciasse ao mandato devido aos problemas econômicos e de corrupção, investigados pela Operação Lava Jato.

“Não é questão de conceituar se é golpe ou não. A Rede diz que temos de ter prudência. Como o sujo (no caso, o Congresso) vai caçar o mal lavado (em referência a Dilma)? Como o presidente da Câmara, envolvido em denúncia de corrupção, pode conduzir processo de impeachment? O presidente Renan Calheiros também tem problemas. O mais sensato seria a Dilma, o Michel Temer, Cunha e Renan renunciarem e chamarem nova eleição. Fica nessa novela meia mexicana, meia brasileira e quem perde é o País”, afirmou o parlamentar.

A fala ocorreu na última sessão do ano em Mauá e gerou irritação na bancada petista. Líder do governo do prefeito Donisete Braga (PT) na Casa, José Luiz Cassimiro (PT) citou apontamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) da gestão de Rogério Santana à frente da Câmara.

Depois da crítica de Cassimiro, Rogério foi mais ponderado. Disse que era preciso respeitar as instituições constituídas democraticamente e que ainda não há comprovação de irregularidades contra Dilma. “Falo porque ajudei a eleger a presidente Dilma. Muitas vezes fomos inconsequentes. O principal ponto é mostrar que o atual sistema de governabilidade está falido. Se discute fisiologismo, não projeto. Inclusive na nossa cidade”, adicionou o ex-petista.

O diretório nacional da Rede publicou no início do mês nota em que critica o pedido de impeachment em tramitação no Congresso Nacional, mas defende a ação que corre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a chapa Dilma/Temer. A alegação é que esse processo aponta uso de dinheiro desviado da Petrobras – no âmbito da Operação Lava Jato – para campanha eleitoral do ano passado.




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