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Bancários encerram greve
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
14/10/2010 | 07:12
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Bancários de todo o País votaram, ontem, em assembleias, pelo fim da greve de 14 dias. A categoria aceitou a contraproposta feita pela Fenaban (federação Nacional dos Bancos) de reajuste salarial de 7,5% - o equivalente a 3,21% de aumento real - esse índice representa o maior da história. A primeira proposta havia sido rejeitada - de 4,5% (somente a inflação do período).

No Grande ABC a decisão foi unânime. Mesmo com algumas cláusulas específicas para CEF (Caixa Econômica Federal), BB (Banco do Brasil) e bancos privados, toda a categoria ficou satisfeita com o que foi apresentado. Hoje, os funcionários do sistema financeiro voltam as suas atividades normais.

Para a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano este aumento é fruto da união de todos trabalhadores da base e de uma mobilização ‘forte, coordenada e a nível nacional'. "Quanto maior a mobilização, melhores os resultados. E, hoje, alcançamos isso."

A dirigente sindical relembra que a pauta com as reivindicações foi entregue em agosto, e depois de muitos atos e dias de paralisação os funcionários conseguiram ‘ter nas mãos' uma boa proposta.

Na região, das 350 agências, cerca de 125 foram fechadas, e dos 7.000 funcionários, 2.000, aproximadamente cruzaram os braços.

Cláusulas - Além do reajuste histórico da categoria, a Fenaban, o BB e a CEF apresentaram ao Comando Nacional dos Bancários novas propostas com valorização dos pisos (R$ 1.250 nos bancos privados e R$ 1.600 no BB e na Caixa), melhoria na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e definição de mecanismos de combate ao assédio moral.

O reajuste proposto para salários é de 7,5% até R$ 5.250. Acima desse valor, os salários serão reajustados por uma parcela fixa de R$ 393,75 ou pelos 4,29% da inflação, o que for mais vantajoso para o bancário. Nas demais verbas salariais, como vales e auxílios, a elevação seria de 7,5%.

No piso salarial da Convenção Coletiva, o reajuste será de 16,33% (aumento real de 11,54%) elevando o valor de R$ 1.074 para R$ 1.250.

O valor adicional à PLR passa de R$ 2.100 para R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%. A regra básica será paga como no ano passado: 90% do salário mais R$ 1.100,80 (valor já reajustado pelos 7,5%). Para o auxílio creche/babá o aumento é de 7,5% com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011), passando o valor para R$ 261,33 por 71 meses.

Compensação - Segundo o sindicato regional, os funcionários que aderiram a greve devem compensar os dias parados até 15 de dezembro, não podendo ultrapassar duas horas, por dia.




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