A redação é uma das partes mais importantes do Enem: ela vale 1.000 pontos. Por isso, é essencial saber quais são as cinco competências cobradas na prova – cada uma vale 200 –, que estão detalhadas no Guia do Participante, disponível no site http://enem.inep.gov.br.

São elas: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Na hora do exame, prepare um esboço do que pretende escrever antes de começar o texto, respeitando as cinco competências. Saiba qual tese irá defender, quais argumentos irá usar, se dará exemplos ou citará algum autor. Lembre-se de apresentar ideias que tenham lógica e possam ser colocadas em prática. No entanto, não escreva como se sua opinião fosse a única solução. Tenha precisão e fale apenas sobre o que conhece. Seja coerente e tome cuidado com as regras gramaticais, como concordância, regência, pontuação, grafia e divisão silábica. Além disso, evite clichês e frases feitas. “Lembre-se que não está escrevendo na internet. Então, não abrevie ou use gírias. É desvio da norma culta”, explica Vera Lúcia Pereira dos Santos, doutora em Linguística e Língua Portuguesa.

Apesar das regras gramaticais serem importantes, os argumentos têm peso maior no Enem. Não adianta escrever certo se as ideias estão diferentes do que se pede. Outra dica é não copiar trechos do enunciado. “São apenas para o aluno saber como direcionar o texto e não se perder.”