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Estudo: 25% dos trabalhadores dos EUA vivem na pobreza
Por Da AFP
12/10/2004 | 11:49
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Mais de 25% das famílias trabalhadoras dos Estados Unidos, cerca de 39 milhões de pessoas, têm dificuldades para atender suas necessidades básicas e podem ser classificadas como pobres devido à redução dos empregos bem remunerados. Esta é a conclusão de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira por importantes fundações americanas.

O relatório, que está sendo publicado na véspera do terceiro e último debate entre o presidente republicano George W. Bush e seu rival democrata na disputa pela Casa Branca, John Kerry, aquece a já polêmica campanha eleitoral, que será decidida no dia 2 de novembro.

"O presidente parece não compreende quantas famílias de classe média foram afetadas pela queda de salários e o aumento dos custos de saúde, educação e energia", disse Kerry na semana passada, acrescentando que 1,6 milhão de postos de trabalho foram perdidos no setor privado durante o governo de Bush.

Apesar do informe elaborado pelas respeitadas fundações Annie E. Casey, Ford e Rockefeller evitar atribuir culpas, ele parece apoiar a argumentação de Kerry ao indicar que "nossa sociedade não deu os passos adequados para garantir que estes trabalhadores possam cumprir suas metas e construir um futuro para suas famílias".

Um total de 28 milhões de empregos, quase 25% dos disponíveis no país, não dão para manter uma família de quatro pessoas acima do nível da pobreza, segundo o estudo. Mesmo ir além do segundo grau nos estudos não garante uma proteção contra a pobreza: 3,9 milhões de famílias de baixos salários têm algum integrante graduado, de acordo com o relatório.

Para ser considerada de baixo rendimento, uma família de quatro pessoas deveria ter recebido menos de US$ 36.784 em 2002, segundo os padrões do governo. A renda média para uma família deste tipo seria de US$ 62.732 neste ano.

Ao contrário do que se pensa, a maioria das famílias trabalhadoras pobres (53%) é de casais, enquanto 47% possuem apenas um chefe. Estes grupos familiares incluem 20 milhões de menores, seis milhões dos quais vivem oficialmente abaixo da linha da pobreza.

Os economistas atribuem a difícil situação dos trabalhadores pobres a uma constante queda do número de empregos na indústria, relativamente bem remunerados e com menor exigência de instrução.




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