Economia Titulo Encomendas
Vendas ao Exterior ainda são menores no trimestre
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/04/2009 | 07:00
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Apesar da melhora gradual, mês a mês, as encomendas da região ao Exterior no primeiro trimestre somaram US$ 905 milhões, resultado que é bem inferior (41%) ao do mesmo período de 2009.

Segundo analistas, não será neste ano que os sete municípios devem recuperar os patamares anteriores à eclosão da crise financeira mundial - que ocorreu em outubro.

Alguns setores se mantêm com forte retração nas exportações, entre os quais o ramo de veículos pesados. Tradicionalmente, um item que lidera a pauta de vendas externas de São Bernardo, chassis de ônibus registram queda de 31% nas receitas com o mercado internacional e caminhões têm baixa de 80% no município.

Por sua vez, as vendas de automóveis médios (de 1.500 a 3.000 cilindradas) fabricados na cidade se recuperaram. Somaram US$ 40 milhões de faturamento com encomendas a outros países, o que significou expansão de 43% frente aos três meses iniciais de 2008.

No caso de São Caetano, nem os automóveis médios salvaram (tiveram queda de 90%). O município foi o que mais encolheu em participação em vendas ao Exterior.

Santo André, que também registra números bem mais modestos em negócios com clientes externos neste ano, viu uma diminuição acentuada (de 45%) no principal produto de sua pauta de exportações: os pneus novos para ônibus e caminhões. Já o segundo item mais exportado, pneus novos para automóveis de passageiros, foi melhor, com crescimento de 8% no valor dos pedidos no primeiro trimestre.

Com performance próxima da estabilidade, Diadema somou US$ 60 milhões, 1,73% menos que as de janeiro a março de 2008. A liderança ficou com máquinas de ferramenta para estampar metais, produzidos pela indústria Schuler, que ampliou em 287% o valor obtido frente ao alcançado no ano passado.

No entanto, segundo a fabricante, esse desempenho expressivo não deve se manter, já que se refere a contratos firmados no ano passado - as encomendas de máquinas são de longo prazo - e novos pedidos estão escasseando.

PETROQUÍMICA - A comercialização de produtos petroquímicos da região para o mercado internacional também cresceu neste ano. Em Mauá, o carro-chefe em encomendas é o polipropileno (um tipo de resina termoplástica, que é matéria-prima para a fabricação de embalagens e peças de plástico), que registrou ampliação de 86% nas receitas com clientes internacionais.

A queda dos pedidos em outras atividades impediu que o município registrasse desempenho positivo no trimestre.

 




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