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Caso Amanda completa dois anos sem solução
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
30/04/2008 | 07:03
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O Ministério Público Estadual arquivou o caso do desaparecimento da menina Amanda de Oliveira Mendes, que há dois anos sumiu da porta de casa no Jardim Santo André. Depois de um ano e meio de investigação, a Polícia Civil de Santo André enviou inquérito à Promotoria, que arquivou o caso por falta de evidências. Não há corpo nem autores do crime.

Em 30 de abril de 2006, a menina, na época com oito anos, descansava nas escadas de casa, na periferia de Santo André, quando sumiu, após passar a manhã andando de bicicleta. Era domingo, 15h30. De lá para cá, a rotina da família foi quebrada. Pais e filhos se separaram. O irmão mais velho de Amanda, Guilherme de Oliveira Mendes, 13, ficou com o pai, Clodoaldo Antonio Mendes, 38. A caçula Ester de Oliveira Mendes, 5, mora com a mãe, Silvana de Oliveira, 26, que teve outra menina, há dois meses, com o novo marido.

Os pais ainda têm esperança de que a garota esteja viva em outra cidade ou Estado. “Acho que alguém pegou minha filha para passar pra frente. Ela deve estar presa porque ainda é pequena e não sabe se defender ou fugir. A gente precisa de ajuda para achar a Amanda”, diz Clodoaldo.

A posição do Ministério Público decepcionou o pai da garota, que reclama da falta de empenho da polícia e da pressa em desistir do caso. A investigação foi transferida duas vezes. A princípio, o caso foi registrado no 1º DP. Depois, passou para o 6º e foi finalizado na delegacia de homicídios.

“Essas trocas prejudicaram. Quando um investigador começava a conhecer a história, outra pessoa assumia. Ficavam jogando de mão em mão. Veja o caso da menina Isabella (Nardoni). Vai ser resolvido. Quando acontece alguma coisa com a filha de uma pessoa rica, todo mundo corre para resolver. Eu sou pobre e, por isso, tudo fica mais devagar.”

A mãe não mostra revolta no rumo das investigações, mas saudade. “Ela faz muita falta. Penso nela todos os dias e logo que soube que estava grávida desejei ter uma menina. É claro que não substitui, mas a Rebeca trouxe um pouco de alegria pra nós.”



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