O São Caetano tenta exorcizar os fantasmas do Anacleto Campanella hoje, às 20h30, diante do Brasiliense, para encerrar um jejum de três jogos sem vitórias em casa na Série B do Campeonato Brasileiro. De quebra, a equipe do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, espera acabar com outra marca negativa: a de não vencer há cinco jogos - três empates e duas derrotas.

A última vitória do Azulão diante de sua torcida foi contra o Fortaleza, no dia 5 de agosto. Já a primeira e única vitória do time fora de casa, em 11 disputadas, se deu na semana seguinte, contra o Juventude (4 a 3), em Caxias do Sul.

O Azulão precisa dos três pontos para manter viva a esperança de ficar entre os quatro primeiros que garantem o acesso. Até o final da Segundona, o time vai realizar oito jogos no Anacleto Campanella e não pode mais desperdiçar pontos em casa. Em 11 jogos em seu estádio, perdeu três, empatou dois e venceu seis.

"O momento de reagir é agora. Independentemente de ser o Brasiliense (está na zona de rebaixamento), temos de fazer valer o mando de campo e conquistar os três pontos. Não dá mais para esperar", sentenciou o volante Hernani, que vai substituir Glaydson, suspenso.

A outra alteração na equipe é na lateral-esquerda. Brida estréia na vaga de Éverton Ribeiro, que também recebeu o terceiro cartão amarelo na última rodada, diante do Vila Nova.

No Brasiliense, o lateral-esquerdo Edinho, que está há dois meses sem atuar, teve a documentação regularizada na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e está à disposição do técnico Reinaldo Gueldini. Caso a opção seja Marcinho, Fabinho ganha chance no meio-de-campo. Na frente, a disputa está entre Thiago Félix e Jóbson para ver quem vai ser o único atacante. No primeiro turno o jogo terminou empatado (2 a 2).

Azulão quer mostrar nova ‘identidade' no Campanella

O São Caetano encontrou a identidade que o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, disse que faltava ao time quando assumiu o elenco, há duas semanas, após a derrota em casa para o CRB.

Na ocasião, o treinador avaliou que a equipe necessitava de uma postura em campo que a identificasse perante os adversários, seja ofensiva ou defensivamente.

"O time tem nova cara. Agora somos mais ofensivos. Essa atitude já apareceu contra o Vila Nova (na última rodada), sobretudo no segundo tempo. Criamos boas oportunidades e podíamos ter vencido (perdeu por 2 a 1), o que não aconteceu graças às boas defesas do goleiro deles", disse o goleiro Júlio César, que por sua posição em campo tem visão privilegiada do que ocorre entre as quatro linhas.

O goleiro garantiu que o torcedor vai notar essa nova postura (de um time ofensivo) contra o Brasiliense e disse que o time respeita as críticas vindas das arquibancadas, algo que tem acontecido em boa parte das partidas disputadas no Anacleto Campanella. "Nós seremos o termômetro. Quem vier ao estádio vai ver a equipe brigando mais. Se pressionarmos o Brasiliense, lutarmos o tempo inteiro, tenho certeza de que os torcedores vão nos apoiar. A torcida tem todo o direito de protestar, porque paga ingresso."

"A vaia pode prejudicar se a equipe tiver pouca experiência. O São Caetano tem jogadores rodados, como o Hernani, e não pode se abalar", opinou Vadão, que faz seu primeiro jogo no Anacleto Campanella.