O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) planeja ampliar a quantidade de lixo reciclado na cidade até 2016. A meta da autarquia é voltar ao patamar já alcançado anteriormente, quando 20% de todo material coletado – ou 130 das 650 toneladas de resíduos produzidos por dia – era reaproveitado.

A ampliação do serviço será feita de forma gradativa, explica o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz Júnior. Atualmente a cidade recicla em torno de 8% do volume coletado e tem planos de chegar a 10% em 2014.

Para alcançar a meta, a autarquia investe na construção de dois galpões para abrigar as cooperativas de catadores da cidade, a Coopcicla e Cidade Limpa. “Os espaços estão sendo erguidos com recursos do governo federal e vamos inaugurar até o fim do primeiro semestre de 2014”, considera o diretor do departamento de resíduos sólidos do Semasa, Edinilson Ferreira.

Será aberta ainda, no início de 2014, licitação para a aquisição de equipamentos para as cooperativas, como esteiras e prensas mais modernas – investimento de R$ 50 mil. “Podemos dizer que hoje as cooperativas funcionam em situação precária”, explica Ferreira. Segundo ele, o número de catadores também poderá ser ampliado e passar dos atuais 56 para até 172.

Outra proposta do Semasa é diminuir o índice de rejeito do reciclável, ou seja, a quantidade de material que é colocado junto com o resíduo seco, mas não pode ser reaproveitada. “Hoje estamos com 35% e queremos passar para 28%”, explica o diretor do departamento de resíduos sólidos. Estão incluídos nesta lista itens como espelho quebrado, isopor, caixas de pizza usadas, embalagem de salgadinhos, por exemplo.

Aterro

Em vistoria realizada na manhã de ontem ao aterro sanitário municipal de Santo André, Sebastião Ney Vaz Júnior voltou a destacar que o espaço voltará a receber 100% do lixo coletado na cidade a partir de novembro.

A primeira fase das obras de ampliação do espaço, iniciadas no fim de 2012, entra em fase final a partir da próxima semana. A área de 12 mil m² passará pelo processo de impermeabilização do solo para evitar que o chorume dos resíduos contamine o solo e a água.

A expectativa é de que a autarquia deixe de gastar R$ 2,6 milhões por mês com o fim do pagamento pelo transporte e despejo do lixo orgânico na Lara Central de Tratamento e Resíduos, em Mauá.