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Pelé volta a polemizar e sugere greve no futebol
30/09/2004 | 00:18
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Era para ser apenas uma coletiva do lançamento do DVD do filme Pelé Eterno. No entanto, Pelé não conseguiu escapar das polêmicas que o envolveram em uma coletiva realizada há duas semanas, quando acusou de corrupção a direção de alguns clubes brasileiros, e chamou os jogadores profissionais de burros. Nesta quarta, foi mais além. Propôs que os jogadores fizessem greve quando o clube deixar de pagar em dia. “Só estou alertando. Tudo o que tenho hoje foi conquistado com o futebol. Só queria que todos eles tivessem as mesmas coisas que ganhei durante a minha carreira.”

Pelé voltou a afirmar que os clubes não souberam utilizar a Lei Pelé, que a categoria dos jogadores profissionais é desunida. Também não se mostrou preocupado com a ameaça de Eurico Miranda, presidente do Vasco, em processá-lo. “Eu não citei nome. Falei do Vasco da Gama. Mas, se a carapuça serviu, problema dele”, disse Pelé.

Não parou aí: “A Lei Pelé foi aprovada por unanimidade e propiciou a entrada de recursos financeiros aos clubes. Dinheiro que deveria ser usado para comprar jogadores, construir estádios, pagar dívidas... Aonde foi parar esse dinheiro? Os sócios e torcedores dos clubes deveriam cobrar os dirigentes”, disparou.

O ex-jogador ratificou sua posição ao dizer que a classe é desunida. E, como exemplo, falou que é um absurdo que jogadores aceitem ficar três, quatro meses sem receber um tostão e continuem jogando e disputando campeonatos. “Você já viu algum movimento aqui no Brasil? Eles não sabem a força que têm. Imagina se eles paralisassem o campeonato por duas semanas... Este país ia virar um caos sem o futebol na tevê.”




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