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Santo André celebra 52 anos e renascimento após a Série A-2

Inesperado acesso para a elite estadual nesta temporada reacendeu o ânimo da diretoria

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
18/09/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O Esporte Clube Santo André completa 52 anos hoje parecendo aquele senhor de meia-idade, que acordou com as inevitáveis dores trazidas pela labuta diária, mas motivado a fazer algo diferente. O inesperado acesso à Série A-1, por uma equipe desprestigiada, com uma das menores folhas de pagamento da Série A-2 e tendo de controlar atrasos nos vencimentos, serviu como vitamina, rejuvenesceu o pensamento e abriu horizontes obscuros. Agora na elite estadual e com vaga na Copa do Brasil de 2020, o Ramalhão parece estar mais forte do que nunca.

A conquista, confirmada em maio, que rendeu também o título da Série A-2, trouxe alívio ao presidente Sidney Riquetto. Ele assumiu o cargo por acidente. Era vice de Jairo Livolis, morto em setembro de 2017, e tinha acumulado rebaixamento, em 2018. “Foi importante para mim neste último ano de mandato devolver o time à Série A-1, com vaga na Copa do Brasil e na briga pela Série D. E enquanto deixarem vamos caminhando (na Copa Paulista)”, comemorou o mandatário.

Sidney, no entanto, deixou claro que não pretende se candidatar à reeleição, em dezembro. “No momento não é o meu projeto. Até por questões de renovação do clube, da minha idade e da minha saúde. Temos pessoas que podem assumir o clube tranquilamente. Vou continuar na diretoria, essa é a minha intenção. Precisamos oxigenar, mas dentro de critérios do estatuto. A presidência não vai cair na mão de aventureiros”, garantiu o mandatário, que tem 72 anos.

Independentemente de continuar como presidente, Sidney apontou erros cometidos no passado e que não podem se repetir em 2020. “Principal erro foi acreditar em uma pessoa que esteve conosco, o Sérgio (Soares, treinador). Em 2018 ele indicou grande parte do elenco e não correspondeu. Perdemos o vestiário, como dizem. Desandou. Havia grupinhos e isso não foi detectado a tempo”, lamentou o dirigente. “Agora vamos procurar profissionais para que isso não aconteça. Traremos bom diretor de futebol para fazer esse trabalho de vestiário. Estamos perto de fechar o nome para que ele participe também da montagem do elenco”, acrescentou.

Como uma das últimas realizações na presidência, Sidney espera entregar parte do centro de treinamento que está sendo construído no antigo Clube de Campo do ABC, que pertence ao patrimônio do EC Santo André. “Construção do CT é fundamental. Está em fase embrionária, mas queremos alojar alguns atletas no começo de 2020. Terminada a reforma do Bruno Daniel vamos usar a mesma empresa para fazer projeto e buscar patrocinadores para fazer os campos. Sem apoio é inviável. Queremos fazer bom campo de treinamento, que vai servir para a base e para os profissionais. E, eventualmente, utilizar para os jogos da base, mas não para 2020”, finalizou o dirigente, sonhando com dias melhores.

Ramalhão pega Comercial no Anacleto

Em clima de festa pelos 52 anos de fundação, comemorados hoje, o Santo André entra em campo para duelo decisivo contra o Comercial, pela penúltima rodada da segunda fase da Copa Paulista. O palco do duelo, que acontece às 15h, é o Anacleto Campanella, em São Caetano, porque o Bruno Daniel passa por reformas.

Para a partida, o técnico José Carlos Palhavam conta com o retorno do volante Wesley Pereira e dos laterais Eliandro e Dênis Germano, que devem iniciar como titulares. Já o atacante Will, com dor no joelho direito, segue como dúvida.

As equipes dividem a liderança do Grupo 7, com sete pontos cada. Juventus, com cinco, e Inter de Limeira, com três, também jogam hoje, às 20h, no Interior. “Todos os jogos são complicados. São adversários diretos pela vaga. Partida importante e temos de conquistar pontos”, projetou.

Esta será a segunda partida da equipe como mandante longe do Bruno Daniel. Sexta-feira, venceu a Inter de Limeira por 2 a 0, em Mauá. Desta vez, porém, o duelo será em grama com melhores condições. “Temos de jogar na situação que nos é proposta. Ficar reclamando por conta do campo não adianta. Temos de manter a serenidade e aproveitar a condição do gramado. Nosso trabalho tem de ser feito, independentemente do local da partida”, cobrou o treinador. 




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