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Paulinho da Força crê em declínio tucano na disputa em SP

Deputado aposta que Doria sofrerá desgaste e que Márcio França será beneficiado no páreo

Júnior Carvalho e Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/04/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, aposta na derrocada de João Doria (PSDB), ex-prefeito da Capital, e na decolagem da candidatura à reeleição do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), cujo projeto será apoiado por seu partido no pleito de outubro.

A adesão do Solidariedade ao projeto do governador, anunciada no início do ano, foi chancelada ontem com a posse da legenda à frente da Secretaria Estadual de Emprego e Relações do Trabalho. O indicado para o posto foi o agora presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Martinha (SD), como antecipou o Diário no dia 5.

Paulinho afirmou que a mudança no tabuleiro eleitoral da disputa paulista se dará com a soma do amplo arco de alianças amarrado por França – e consequentemente o maior tempo de propaganda na TV – com ao fato de o socialista estar com a máquina administrativa na mão. “O que vai ganhar a eleição (em São Paulo) é a estrutura partidária, não as pesquisas de hoje. O Márcio tem algumas dificuldades, não é conhecido pela população paulista. Mas ele está também fazendo um grande programa de recapeamento. Ou seja, ele tem tudo (para ganhar), com um arco de alianças com 16 ou 18 partidos. Imagina quantos candidatos estaduais e federais vão soltar o mesmo papelzinho e falando em todas as cidades do Estado que o candidato é o Márcio? Então, ele passará a ser conhecido”, projeta o parlamentar, em visita à sede do Diário, na noite de ontem.

O líder do Solidariedade considera que o que será responsável por provocar a desidratação da candidatura de Doria será a própria movimentação, ainda no ano passado, do então prefeito paulistano de ensaiar candidatura à Presidência em detrimento do desejo do padrinho político Geraldo Alckmin (PSDB). “Tem a questão da deslealdade. O que ele (Doria) fez contra o Alckmin é inaceitável. A política não aceita esse tipo de coisa. O cara que não cumpre o que fala, não vale nada. Essa fatura vai chegar junto com a campanha do Doria. O que ele fez com o Alckmin é uma coisa que o meio político não aceita.”

GESTÃO
Sem citar números, Paulinho afirmou que há compromisso do governador de ampliar ainda neste ano os recursos para a Pasta de Emprego e Relações do Trabalho. O acordo, segundo o parlamentar, é de o setor, sob o comando de Martinha, retomar programa de capacitação profissional. “Será um desafio muito grande. Agradeço pela indicação do Paulinho e pelo Márcio ter aceitado. A gente quer restaurar a representatividade da região”, frisou Martinha.

O último nome do Grande ABC a integrar o primeiro escalão no Palácio dos Bandeirantes foi o hoje prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), que chefiou a Pasta de Esportes e Lazer entre 2013 e 2015. 




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